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A Black Friday é um dos eventos mais aguardados do varejo. E a edição deste ano terá um novo ingrediente: a Copa do Mundo de Futebol do Catar, que deverá impulsionar as vendas em diferentes segmentos de produtos.
Embora a união de eventos seja animadora, a intenção de compras entre os consumidores nesta Black Friday encontra-se dividida: 50,1% dos brasileiros pretendem gastar, enquanto 49,9% não planejam fazer compras durante a data, segundo pesquisa recente do ReclameAqui com 15 mil pessoas.
Um dos motivos da cautela pode estar relacionado ao endividamento recorde da população, que atingiu 79,3% dos lares brasileiros em setembro, de acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O próprio ReclameAqui também mapeou o cenário de endividamento na primeira semana de outubro, com 88,9% dos 3.600 consumidores entrevistados dizendo estar inadimplentes.
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Edu Neves, CEO do ReclameAqui, diz que entre os que afirmaram gastar alguma quantia na Black Friday, 28% deles estão convictos sobre a decisão. “É o grupo dos que vão com tudo pra Black Friday, daqueles que vão com o 13º reservado pras compras e, claro, quem vai garantir os presentes de Natal. Os outros 22% são os chamados ‘mineradores de ofertas’”, analisa.
Esses consumidores que buscam promoções precisam ser conquistados. “É o grupo que vai atrás de cupons, parcelamentos vantajosos e descontos imperdíveis”. O preço é um fator crucial na tomada de decisão, segundo os entrevistados que disseram que vão gastar no evento.
“O menor preço é o motivo número 1 [para compra]. E o segundo motivo é a reputação da empresa. Essa dobradinha mostra que cresceu a preocupação com a postura das marcas, e isso é um sinal de que começa a se consolidar na compra: a credibilidade da empresa”, analisa Neves.
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E mesmo os mais otimistas ainda têm alguma desconfiança sobre o evento. A pesquisa do ReclameAqui mostrou que 75% dos entrevistados não esperam grandes descontos durante a data.
Preferências do consumidor
A pesquisa também indicou que 65% dos entrevistados comprarão em lojas online, e dois canais foram destaques da pesquisa e são apontados como preferência: o social commerce (compra via lives e redes sociais) e o chamado varejo conversacional, que é a compra via WhatsApp.
“Esses canais somam 15% da preferência de canais de compra dos consumidores e encostam nas lojas físicas. As pessoas estão topando comprar pelo ‘clique aqui’, ‘fale com a gente'”, diz Neves.
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Além disso, sobre as preferências por produtos, do grupo que pretende fazer compras, estão no alvo eletrodomésticos, como geladeira, coifa, máquina de lavar e micro-ondas; entre os eletrônicos, drones, automação de casa, assistentes virtuais, caixas de som e fones são os mais desejados, segundo dados do ReclameAqui.
Em relação à forma de pagamento, a preferência de 56,1% é pelo desconto à vista, incluindo pagamentos com Pix; na sequência, 36,5% preferem o parcelamento no cartão e; 5% optam pelo parcelamento no boleto. Embora menos comum para a data, 2,4% dos entrevistados mencionaram financiamento, sinalizando que poderiam comprar itens mais caros, como um carro, aproveitando promoções especiais de concessionárias, segundo a pesquisa.
Entre quem vê vantagem no parcelamento, 41% entendem que o parcelamento é importante na aquisição de itens acima de R$ 1.000; já 35% dos entrevistados disseram que farão compras entre R$ 100 e R$ 500.
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