Barulho da moto pode prejudicar audição do piloto

De acordo com estudo, uma moto emite ruídos em torno de 95 decibéis, sendo que ruídos acima de 85 db podem causar perda de audição

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SÃO PAULO – Os motociclistas devem ficar atentos à saúde auditiva, já que o barulho do motor pode comprometer a audição.

De acordo com estudo do Instituto Nacional de Surdez e Outras Doenças de Comunicação, dos Estados Unidos, uma moto emite ruídos em torno de 95 decibéis. Especialistas afirmam que ruídos acima de 85 dB podem causar alterações na estrutura interna do ouvido e perda permanente de audição. Para se ter uma noção, uma conversa normal atinge 60 decibéis.

A exposição prolongada ao barulho da moto pode causar a chamada Pair (Perda Auditiva Induzida por Ruído). O problema se agrava quando os motociclistas alteram o sistema de escapamento, elevando o nível de ruído emitido.

A Pair é cumulativa, ou seja, qualquer dano auditivo vai se somando ao longo do tempo. Mesmo que uma pessoa se exponha diariamente por um curto período a um ruído acima de 85 decibéis, os prejuízos auditivos podem aumentar depois de alguns anos.

Prevenção
Segundo a fonoaudióloga Isabela Gomes, apesar de o capacete oferecer uma barreira para o ruído da moto, é importante que o motociclista utilize protetores de ouvido.

“Os protetores reduzem o volume excessivo. Quem usa não deixa de ouvir o som ambiente. É uma forma de proteção eficaz para preservar a audição”, afirmou Isabela.

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Além disso, de acordo com a fonoaudióloga, existem pessoas que são mais suscetíveis aos ruídos altos do que outras. “O ideal é consultar um especialista e fazer um exame chamado audiometria, para detectar se já existe alguma perda auditiva e ter as orientações necessárias para prevenir ou impedir o agravamento do problema”, disse.

Outro problema é que muitos motociclistas têm o hábito de pilotar a moto ouvindo música. “Além do barulho da moto, o piloto ainda está exposto ao barulho da música, que pode atingir mais de 100 decibéis, causando danos ainda mais graves. Por isso, a prevenção é muito importante”, concluiu Isabela.