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Mais de 97,6 mil litros de azeite fraudado foram apreendidos apenas no primeiro semestre de 2024, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
De acordo com informações da pasta, enviadas à reportagem do InfoMoney, esse número representa um aumento de 17,7% em relação ao total apreendido durante todo o ano de 2023.
A principal fraude identificada pelo Mapa foi a adição de óleos vegetais diferentes do azeite de oliva, como óleo de soja e outros, além do uso de corantes para alterar a cor do produto.
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O órgão destacou que as apreensões não se limitam à fraude econômica. “Muitos fraudadores substituem o azeite por outros óleos vegetais, corantes e aromatizantes de origem desconhecida. O risco reside no fato de que não sabemos se esses óleos são comestíveis, tampouco a segurança dos produtos usados como corantes e aromatizantes, que podem ser inadequados para consumo alimentar”, afirma o Mapa.
Outro risco associado ao consumo de azeite fraudado está relacionado ao metabolismo e à dieta. A escolha pelo azeite pode ser motivada por recomendação médica, devido às suas propriedades benéficas, amplamente reconhecidas pelos profissionais de saúde. “Ao adquirir um produto fraudado, o consumidor, em vez de promover a saúde conforme orientações médicas, pode, na verdade, estar prejudicando-a”, explica a pasta.
Dicas ao consumidor
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado. Nesse sentido, as dicas da pasta para que o consumidor não seja enganado são:
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- Desconfie de preços muito abaixo da média do mercado;
- Não compre azeite a granel;
- Opte por produtos com a data de envase mais recente;
- Atenção à data de validade e aos ingredientes contidos;
- Confira sempre a lista de produtos irregulares já apreendidos em ações do Mapa.
Preço segue elevado
O preço do azeite de oliva continua elevado no Brasil e no mundo. O jornal O Tempo informou recentemente que, em Belo Horizonte, o preço da embalagem de 500 ml de azeite nas gôndolas ultrapassou R$ 50.
No Rio Grande do Sul, o governo estadual publicou um decreto que reduz, a partir de janeiro de 2025, a alíquota interestadual do ICMS para o azeite de oliva produzido no estado, de 12% para 4% nas vendas para o Sul e Sudeste, e de 7% para também 4% para os demais estados.
Os efeitos da alta dos preços foram sentidos no maior produtor mundial de azeite de oliva, a Espanha. O aumento dos preços forçou os consumidores a optar por opções mais baratas, como o óleo de girassol, que destronou o azeite de oliva.
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Segundo a agência de notícias Reuters, os espanhóis compraram 107 milhões de litros de todos os tipos de azeite de oliva no primeiro semestre de 2024, em comparação a 179 milhões de litros de azeite de girassol, de acordo com a maior associação de engarrafamento de azeite de oliva da Espanha, a Anierac.
Garrafas de um litro de azeite de oliva extra-virgem estavam sendo vendidas por até 14,5 euros em alguns supermercados em 2023, colocando-as na categoria de produtos que os varejistas rotulam com etiquetas de segurança. Em junho deste ano, o governo espanhol reduziu a tributação do azeite de oliva para torná-lo mais acessível, mesmo com os preços tendo diminuído um pouco este ano.
A produção de azeite tem sido altamente impactada pelas mudanças climáticas nos últimos anos, o que levou a um aumento global médio de 40% no seu preço nos últimos dois anos.
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