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Após congelar os preços dos pedágios nas rodovias paulistas, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) estendeu a mesma medida para as tarifas de balsas, as responsáveis pelas travessias litorâneas no estado, como em Santos, Bertioga, Guarujá, São Sebastião e Ilhabela, só para citar alguns trechos.
Os reajustes no sistema de balsas, que costumavam a acontecer nos meses de julho, também foram suspensos, informou o governo paulista.
A medida deve alcançar cerca de 20 mil usuários do sistema, entre pedestres, ciclistas e motoristas de veículos, estimou a SLT (Secretaria de Logística e Transportes).
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Para o governo de Rodrigo Garcia, o congelamento de preços nos serviços de balsas não vai impactar os investimentos e que o programa de modernização dos empreendimentos agilizou a manutenção das balsas, com a aquisição de novos motores e a entrega de 12 embarcações para as travessias.
Impasse nas rodovias
A ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) avalia ingressar na Justiça contra o congelamento das tarifas de pedágios nas rodovias paulistas. A medida foi tornada pública, nesta quinta-feira (30), pelo governo paulista.
Por meio de comunicado, a entidade que representa as concessionárias diz que a medida causa grande preocupação. “O setor manifesta grave preocupação com a adoção da medida anunciada, em um momento crítico no qual as empresas ainda enfrentam os efeitos econômicos da Covid-19 e o aumento expressivo do preço de insumos, e têm de honrar compromissos importantes assumidos junto a financiadores e fornecedores, bem como junto à sociedade paulista e aos usuários”, diz.
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Rodrigo Garcia disse que foi preciso frear o reajuste diante do atual cenário econômico do país, que enfrenta uma “alta desenfreada dos preços”, sobretudo, de combustíveis. Nesse sentido, segundo o governador, a elevação das tarifas prejudicaria os motoristas.
Com a decisão, a ABCR afirma que é crucial que o estado implemente medidas efetivas para a compensação financeira imediata dos contratos, “a fim de evitar situação de desequilíbrio econômico-financeiro e riscos à sustentabilidade das concessões e à execução de obras e serviços.”
Na prática, não ter a correção nos preços significa menos receita para as concessionárias, por isso, a insatisfação com a medida. O governo tentou se antecipar e afirma que busca soluções para alinhar a decisão com as concessionárias.