Após acusação de insider trading, bilionário compra quadro de US$ 155 milhões

SAC Capital pagou US$ 614 milhões para evitar julgamento por fraude.
Hedge fund manager Steven A. Cohen, founder and chairman of SAC Capital Advisors, responds to a question during a one-on-one interview session at the SkyBridge Alternatives (SALT) Conference in Las Vegas, Nevada May 11, 2011. REUTERS/Steve Marcus
Hedge fund manager Steven A. Cohen, founder and chairman of SAC Capital Advisors, responds to a question during a one-on-one interview session at the SkyBridge Alternatives (SALT) Conference in Las Vegas, Nevada May 11, 2011. REUTERS/Steve Marcus

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SÃO PAULO – O fundador da SAC Capital, Steven Cohen, comprou um quadro do pintor Pablo Picasso por US$ 155 milhões (R$ 311 milhões, de acordo com a cotação do Banco Central do Brasil do dia 26 de março de 2013), após sua empresa ser acusada de insider trading – negociação de valores mobiliários baseada no conhecimento de informações relevantes que ainda não são de conhecimento público.

De acordo com o jornal New York Post, a pintura “Le Rêve” foi adquirida do magnata Steve Wynn, que danificou a obra acidentalmente, e seu preço é estimado como o mais alto pago por uma obra de arte por um colecionador americano. Em 2006, Cohen já havia tentado comprar o quadro por US$ 139 milhões (R$ 279 milhões).

Fontes informaram que a compra foi um presente do bilionário para si mesmo, e que deveria ser um segredo por causa das investigações do governo americano.

Escândalo
No dia 15 de março, duas afiliadas da SAC Capital realizaram um acordo com a SEC (Security and Exchange Comission) – a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) dos EUA – no valor de US$ 614 milhões, que foram pagos pela gestão da companhia, para evitar julgamento por fraude. Na época, o porta-voz da SAC Capital ressaltou que o fundador do grupo não foi acusado de nenhum delito.