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O carro a gasolina tradicional está para morrer nos próximos anos. Os carros elétricos serão até 10 vezes mais baratos para o consumidor, uma quantia mais que o suficiente para que os usuários troquem. Além do mais, 95% de todo o transporte será feito por aplicativos.
Essa é a conclusão de James Arbib e Tony Seba, da rethinkX – um think tank sobre o futuro, que assinam o estudo Rethinking Transportation 2020-2030. Seba, que é professor em Stanford, e Arbib salientam que o mundo está para ver uma nova transformação no transporte: TaaS (Transportation as a Service).
As sementes do TaaS já foram plantadas: Uber, Lyft, Didi Chuxing e 99 são exemplos de empresas que produziram aplicativos para chamar carros. E apostam pesado em um mundo de carros autônomos, que você precisará apenas de uma interface (como o celular) para chamar o carro.
Chamado o carro, ele virá até você e te leva até o ponto desejado. Rápido e barato. Com o carro autônomo e elétrico (lembrando, custos 10 vezes menores), os estudiosos acreditam que as pessoas não terão mais incentivos para comprarem carros elas mesmas.
Então, venderão os seus carros movidos a gasolina e farão o mercado de carros usados entrar em colapso. Enquanto isso, as montadoras que não se transformarem em empresas de mobilidade deverão entrar em crise, pois não conseguirão mais vender carros novos.
Embora eles acreditem 40% dos carros ainda sejam privados nesta época, eles serão raramente usados por conta do alto custo de manter um carro, abastecer e estacioná-lo. As frotas privadas de empresas como Uber e Didi começarão a ser usadas por empresas públicas – aliás, grandes chances do governo querer estatizar este segmento.
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As formas de monetização serão diferentes, passando a ser coisas como propaganda e venda de dados – e menos o custo pelo serviço em si, que será muito baixo, quase desprezível. Para transporte pelo governo, espere um imposto para pagar este tipo de coisa (e se tratando de Brasil, espere um imposto alto).
A exceção mesmo serão os moradores de áreas rurais ou cidades muito pequenas, onde este modelo não seria muito aplicável pois não ganharia escala. A mudança para TaaS melhoria (e muito) a qualidade do ar das grandes cidades e poderia fazer com a economia ganhe força.
Seba estima ganhos de US$ 1 trilhão em produtividade nos Estados Unidos, com impactos menores por aqui (mas muito significativos). Um ponto interessante é que o trânsito reduziria por conta disso, fortalecendo a economia de cidades que são fortemente prejudicadas por isso, como São Paulo e Rio de Janeiro.