Anfavea rebaixa de 2,2% para 0,1% crescimento da produção de veículos no ano

Revisão reflete os desempenhos opostos das exportações, que frustram a indústria, e do consumo interno, que supera as expectativas

Estadão Conteúdo

Carros estacionados (Shutterstock)
Carros estacionados (Shutterstock)

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A Anfavea, entidade que representa as montadoras, revisou as projeções ao desempenho do setor neste ano, passando a prever agora uma estagnação — alta de apenas 0,1% — na produção de veículos. A previsão anterior, feita no início do ano, era de crescimento de 2,2%.

Se o novo prognóstico for confirmado nos três últimos balanços mensais do ano, 2023 fechará com 2,37 milhões de veículos montados, na soma de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

A revisão reflete os desempenhos antagônicos das exportações, que frustram a indústria, e do consumo interno de veículos, que supera as expectativas iniciais. Na esteira da queda de 11,2% acumulada desde o início do ano, piorou, de 2,9% para 12,7%, a expectativa de redução dos embarques de veículos em 2023.

Segundo a Anfavea, o ano caminha para terminar com 420 mil veículos exportados, 47 mil a menos do que os 467 mil projetados anteriormente. A redução ao redor de 30% das entregas aos mercados da Colômbia e do Chile, em paralelo à desaceleração recente das vendas para a Argentina, dadas as incertezas associadas às eleições que acontecem neste mês no país, explica o desempenho ruim das exportações neste ano.

Já a projeção de crescimento das vendas de veículos no Brasil subiu de 3% para 6%, com 2,23 milhões de unidades previstas para este ano. O presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite, ponderou, no entanto, que dois terços (67%) do aumento da previsão (62 mil veículos) vêm do avanço de veículos importados no mercado local.

O executivo disse que a entidade vem conversando com o governo para que exista um equilíbrio entre o crescimento da indústria nacional e das importações.

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