Amazon é obrigada a recolher mais de 400 mil produtos perigosos nos EUA

Entre os produtos, estão detectores de monóxido de carbono com defeito, secadores de cabelo sem proteção contra choques elétricos e roupas infantis que violam padrões legais

Equipe InfoMoney

Centro de distribuição da Amazon em Nova Jersey (Foto: Andréa D'Andrea)
Centro de distribuição da Amazon em Nova Jersey (Foto: Andréa D'Andrea)

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A Amazon (AMZO34) terá que recolher produtos perigosos vendidos por terceiros em seu marketplace, entre 2018 e 2021, nos Estados Unidos. A decisão foi proferida pela Comissão de Segurança de Produtos de Consumo (CPSC, na sigla em inglês) norte-americana.

Segundo o órgão, a empresa não notificou o público adequadamente sobre a existência de mais de 400 mil produtos que deveriam ter sido recolhidos, incluindo detectores de monóxido de carbono com defeito, secadores de cabelo sem proteção contra choques elétricos e roupas infantis que violam padrões legais.

Ainda que os produtos não pertençam ao estoque da Amazon e, na verdade, tenham sido vendidos por outros vendedores cadastrados no marketplace, a CPSC entende que a responsabilidade é da Amazon, uma vez que é a empresa que os armazena e distribui.

Embora o marketplace tenha parado de vender esses produtos e feito tentativas de alerta aos consumidores, a CPSC entendeu que a Amazon deve seguir os procedimentos de recall oficiais, que impeçam o uso, revenda ou doação dos produtos defeituosos já vendidos.

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A comissão alega que a Amazon minimizou a gravidade dos riscos nas comunicações enviadas aos consumidores e chamou a companhia de “distribuidora” de produtos defeituosos. Por sua vez, a Amazon afirmou que vai recorrer da determinação e levar o caso para a Justiça.