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SÃO PAULO – Apesar da ampla rede de banda larga móvel existente no mundo, cerca de 5 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à tecnologia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que considera “essenciais” a parceria entre as esferas público e privada para que a banda larga alcance toda a população.
“Estamos motivados em tornar a comunidade global conectada, especialmente os bilhões que ainda estão desconectados. Teremos sucesso quando trabalharmos juntos: o governo, a indústria e os líderes da sociedade civil”, se o presidente de Ruanda e copresidente da Comissão de Banda Larga da ONU, Paul Kagame.
Segundo a Comissão, o maior desafio são as áreas remotas e rurais, onde as barreiras de acesso precisam ser avaliadas também sob o aspecto da acessibilidade e do conteúdo, especialmente o conteúdo local e de outras línguas.
A ONU relata ainda que a disparidade entre homens e mulheres no acesso à internet aumentou de 11% em 2013 para 12% em 2016, com maior incidência nos países menos desenvolvidos (31%) e na África (23%).
Por isso, a ONU publicou um relatório com recomendações de formulação de políticas integradas para abordar o problema, como o enfrentamento das barreiras que impedem a conexão por parte das mulheres e o desenvolvimento de ferramentas que suportem a colaboração dos esforços nacionais e internacionais.
“Para serem sustentáveis, todas as novas tecnologias precisam estar disponíveis a todos, para capacitar e beneficiar todo mundo, especialmente meninas e mulheres”, disse a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.
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O melhor acesso e uso da internet pode proporcionar benefícios significativos para a economia e apoiar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e o acesso universal às tecnologias de informação e comunicação (TICs) até 2020.