1ª imagem dos destroços do submersível Titan é revelada em audiência sobre tragédia

Audiência apresentou a reconstituição da expedição e uma imagem inédita de um destroço, além de revelar a última mensagem emitida de dentro do submersível

Maria Luiza Dourado

Destroços do cone da cauda do Titan (Serviços de Pesquisa Pelágia/Guarda Costeira dos Estados Unidos/Reprodução)
Destroços do cone da cauda do Titan (Serviços de Pesquisa Pelágia/Guarda Costeira dos Estados Unidos/Reprodução)

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Ocorreu nesta segunda-feira (16) o primeiro dia de audiência sobre o Titan, o submersível da OceanGate que implodiu em junho de 2023 durante uma expedição aos destroços do Titanic, resultando na morte de cinco pessoas. O canal no YouTube da Guarda Costeira dos Estados Unidos, que investiga o caso, tem transmissões de audiências programadas para até o dia 27.

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A audiência da última segunda-feira, que durou mais de 9 horas, apresentou uma reconstituição da expedição e uma imagem inédita de um destroço, além de revelar a última mensagem emitida de dentro do submersível: “Está tudo bem aqui”, disse Stockton Rush, então CEO da OceanGate e comandante da embarcação, ao centro de comando, antes de a comunicação ser totalmente perdida.

Reconstrução da expedição do submersível Titan, da OceanGate (Guarda Costeira dos Estados Unidos/Reprodução)

A OceanGate, que encerrou suas atividades em 2023, um mês após a tragédia, foi criticada pelo design pouco convencional do Titan, que não cumpria os padrões de submersíveis similares. Segundo as investigações da Guarda Costeira dos EUA, o caso é ainda mais grave: o Titan nunca havia sido inspecionado por profissionais que não fossem da própria empresa.

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As autoridades ainda não concluíram o inquérito sobre a implosão. Somente após o término das audiências o órgão enviará ao governo dos Estados Unidos as conclusões das investigações.

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Em junho de 2024, quando o incidente completar um ano, a Guarda Costeira norte-americana foi questionada sobre a demora do processo. Em resposta, o órgão alegou que a investigação exigia um esforço complexo e contínuo.

A implosão da embarcação a 3.350 metros de profundidade vitimou, além do CEO da OceanGate, o bilionário britânico Hamish Harding, o mergulhador francês Paul-Henry Nargeolet, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood, levantando questões sobre a segurança de excursões ao fundo do mar.

Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.