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“O Brasil não pratica a regra de ouro de gastar o dinheiro público o mais perto possível de onde ele é arrecadado”, afirma o economista, filósofo e escritor Eduardo Giannetti ao analisar a economia brasileira
Em entrevista ao UM BRASIL, ele enfatiza que, embora a Constituição Federal de 1988 tenha instituído a descentralização, Estados e municípios ficaram dependentes da liberação de verba que passa por Brasília. “Essa dependência do governo central não é saudável para as finanças públicas”, destaca Giannetti na conversa com Renato Galeno.
“O Estado brasileiro faz muita coisa que não deveria fazer e não faz aquilo que seria mais indispensável e que a Nação demanda, que é atender às necessidades elementares da cidadania”. Entre as prioridades para a população, o economista destaca o saneamento básico, o ensino fundamental de qualidade, a saúde pública digna para todos e um sistema universal de aposentadorias.
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Por outro lado, ele avalia que o Estado não deveria estar envolvido em atividades empresariais nem subsidiar grupos privados e, muito menos, proteger a economia.
O especialista ressalta que 80% ou mais dos municípios brasileiros praticamente nada arrecadam e sobrevivem de “mesada” infraconstitucional. “Isso é uma receita para má utilização do dinheiro público, porque o cidadão não sabe o quanto está pagando, para onde está indo e como está voltando”, conclui.
Confira a entrevista na íntegra:
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