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Impor uma série de obstáculos disfarçados de regras e obrigações à atividade empreendedora tem um custo alto: uma economia menos produtiva e menos competitiva. A consequência desse excesso de burocracia não é outro senão coibir o crescimento do próprio País.
Para reverter esse cenário, empresários e acadêmicos ouvidos pelo UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, ainda que divirjam sobre por onde começar, não hesitam em afirmar que fazer o País trilhar o caminho da desburocratização é indispensável para estimular novos e prósperos negócios.
Entre os entraves ao empreendedorismo, destacam-se as exigências de alvarás e licenças, além do complexo sistema tributário. “O Estado brasileiro está onde não deveria e não está onde deveria. Não precisa se envolver em atividades empresariais e não deve subsidiar grupos privados e proteger a economia”, pontua o economista, filósofo e escritor Eduardo Giannetti.
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A criação de um ambiente mais favorável aos negócios requer que o Estado reduza a participação na economia, o que não significa se abster de mediar as relações entre os agentes econômicos e a sociedade.
“Eu advogo [por] um Estado forte, um Estado que possa regular as ações entre os diversos entes econômicos e sociais, preservando o equilíbrio de forças entre os diversos elementos. Mas um Estado que essencialmente estimule e crie as condições para que o empreendedorismo prospere”, pondera um dos fundadores e integrante do Conselho de Administração da Natura, Guilherme Leal.
De acordo com o ex-presidente do Banco Central e sócio-fundador da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, ampliar as possibilidades de empreender é fundamental em um momento no qual a economia já cansou de dar sinais de que não será impulsionada exclusivamente pelo setor público. “Cada vez mais o crescimento vai depender do gasto do setor privado”, frisa.
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Também fazem considerações sobre a importância da agenda de desburocratização o CEO do grupo Votorantim, João Miranda; a economista e conselheira do movimento Livres, Elana Landau; a tributarista Ana Carolina Monguilod; o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Carlos Alberto Silva; o professor do Ibmec/MG Adriano Gianturco; e o secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles.