“VOL é vida”, mas…

Volatilidade pode ser uma delícia – mas, se o risco não for bem gerenciado, ela acaba se transformando em vilã

Pam Semezzato

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(Shutterstock)
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Quem opera no mercado com certeza já ouviu a frase “volatilidade é vida”. Mas acho importante entendermos melhor o que isso significa e como lidar com essa volatilidade nas operações.

Para começar, precisamos entender o significado real de “volatilidade”: é a palavra que usamos para saber a variação de um ativo. Então, se o ativo tem alta volatilidade, quer dizer que ele se movimenta bastante, possui bons movimentos. Agora, se o ativo não tem muita volatilidade, ele é um ativo mais “calmo”, mais parado, sem oscilações muito grandes. A volatilidade é um desvio padrão anualizado, ou seja, é quanto os preços se afastam da média dos preços.

Então,

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Alta volatilidade: o preço varia bastante em um determinado período;

Baixa volatilidade: o preço não varia muito em certo período;

Mercado volátil: instabilidade dos preços, patamar de preço muda significativamente, o que gera mais oportunidades para as operações de curto prazo. Porém, quanto maior a volatilidade, maior o risco também.

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Para vermos a diferença no risco nas ocasiões em que a volatilidade aumenta, separei dois exemplos parecidos de movimentação: correção para novas quedas, considerando que a venda seja feita na mínima com stop acima da máxima:

No primeiro exemplo, o stop seria de 500 pontos. Já no segundo caso, de 330 pontos. Uma diferença considerável de uma para outra e na “mesma” formação.

Esse aumento e diminuição de volatilidade acontece por diversos motivos, e ela é cíclica — ou seja, periódica —, o que significa que não dura para sempre. Então, em determinados momentos ela diminui e, em outros, aumenta.

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Na maioria das vezes, a volatilidade é maior quando existem muitas incertezas. Incerteza gera medo, medo gera pânico e pânico gera volatilidade!

Foi o que aconteceu em 2020, quando o mercado estava extremamente volátil por conta do início da pandemia. Ou seja, volatilidade altíssima.

Nesses momentos, meu conselho a você é: continue fazendo o certo e aceitando somente os riscos que fazem parte do seu gerenciamento, sem se iludir com o que poderia ter tido de ganhos, que também serão maiores pela volatilidade.

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Caso você consiga diminuir a mão para manter o risco financeiro, ótimo. Por exemplo, se costuma operar com dez contratos assumindo um risco de 300 pontos (R$ 600,00), comece a operar com cinco contratos assumindo um risco de 600 pontos (R$ 600,00).

O importante é aproveitar as oportunidades que estejam dentro do gerenciamento de risco. É preciso lembrar sempre que a volatilidade é uma delícia, mas, se o risco não for bem gerenciado, ela acaba se transformando em vilã. Até a próxima!

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Pam Semezzato

Formada em administração e com certificações internacionais na área em Brisbane, Austrália, a profissional atua no segmento financeiro e como trader desde 2010. Em 2018, começou a operar com o objetivo de realizar um trabalho educacional direcionado aos traders e analisar as melhores oportunidades do mercado – vale lembrar que graças a sua expertise e conhecimento, ela opera com saldo positivo na Bolsa de Valores há mais de dois anos. Trader desde 2010, influencer e analista especialista em operações de day trade e swing trade