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SÃO PAULO – “Ninguém pode parar a Localiza”: mais uma vez a empresa surpreendeu o mercado e entregou impressionantes números no 3° trimestre.
A interpretação pode ser vista no próprio movimento da ação na bolsa: o papel RENT3, que faz parte da Carteira InfoMoney do mês de novembro (veja aqui o portfólio completo), disparava 6,53%, a R$ 60,90, segundo cotação das 13h28 (horário de Brasília) desta terça-feira (7). Na máxima do dia, os papéis atingiram alta de 6,84%, a R$ 61,07. No ano, a alta acumulada é de 88,3% – figurando como uma das melhores ações do Ibovespa.
O segredo do balanço volta-se novamente para a capacidade de execução, que levou a companhia a registrar expansão de 39,2% em sua receita líquida no período, para R$ 1,56 bilhão, quando comparado com os mesmos meses de 2016; e acima da média das projeções dos analistas compiladas pela Bloomberg de R$ 1,46 bilhão.
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O lucro líquido ajustado da empresa, que desconsidera os efeitos não-recorrentes relacionados à aquisição das operações da Hertz Brasil e da integração de 17 agências franqueadas, foi de R$ 139,5 milhões no período, um novo recorde trimestral, aumento de 34,3% na mesma base de comparação; e acima também das projeções da Bloomberg de R$ 132 milhões.
“Que corrida!”, dizem os analistas do Bank of America Merrill Lynch, que destacam principalmente 3 pontos positivos do balanço da empresa: 1) forte volume na divisão RaC (“aluguel de carros”), com as diárias crescendo 35,9% na comparação anual, mostrando que a empresa continua ganhando participação de mercado na fragilidade de seus concorrentes; 2) menores despesas com depreciação, que caíram 18% na divisão RAC (R$ 1,2 mil por carro) e 15%, na divisão de gestão de frotas, impulsionando o Ebit (Lucro antes de impostos e juros) para alta de 40,5%; e 3) ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) de 15,9% no período. Do lado negativo, eles apontam para um maior capex (investimentos em bens de capital), que puxou um aumento na alavancagem da empresa (medida pelo indicador dívida líquida/Ebitda) para 2,5 vezes – mas, ainda assim, um nível bem confortável, disse Roberto Antônio Mendes, diretor de relações com investidores da Localiza, em teleconferência realizada nesta tarde sobre o balanço.
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Por conta dessa leitura, o BofA reafirmou hoje recomendação de compra da ação, acreditando que ela deve seguir sendo beneficiada por um forte “momentum” de ganhos, fundamentos robustos, um ambiente de mercado mais benigno e da sua histórica correlação inversa com os juros. Um cenário que deixam os analistas confortáveis a ver a empresa negociando a múltiplos ainda mais altos em 2018, com P/L (Preço sobre o Lucro) estimado em 19,9 vezes.
Da mesma forma, o BTG Pactual – que destacou após o balanço: “uma máquina de crescimento” – decidiu elevar hoje o preço-alvo da ação de R$ 50,00 para R$ 72,00, representando um potencial de valorização de quase 20% frente ao patamar atual do papel, reforçando a ação como uma de suas “top picks”.
Já o Itaú BBA reiterou recomendação “outperform” (desempenho acima da média) para ação, com preço-alvo em R$ 65,50, enquanto o Bradesco BBI – que ressaltou após balanço: “ninguém pode parar a Localiza” – decidiu elevar o preço-alvo dos papéis de R$ 55,00 para R$ 60,00, mas optou por seguir com recomendação neutra, por conta do valuation, que vê como esticado.
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Aos números detalhados da Localiza no 3° trimestre:
Em milhões – R$ | 3T17 | 3T16 | 3T17/3T16 |
Receita Líquida | 1.563,4 | 1.123,2 | +39,2% |
Ebitda ajustado* | 332,3 | 252,1 | +31,8% |
Margem Ebitda ajustada* | 21,2% | 22,4% | -1,2 p.p. |
Lucro Líquido ajustado* | 139,5 | 103,9 | +34,3% |
*Ajustado aos efeitos não recorrentes (one-time costs) relacionados à aquisição das operações da Hertz Brasil e da integração de 17 agências franqueadas |
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