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SÃO PAULO – Uma das estrelas da bolsa em 2017, com ganhos de 138% no ano (a maior alta do Ibovespa no período), a Usiminas (USIM5) deve continuar como destaque positivo entre as siderúrgicas na temporada de balanços do 3° trimestre. A companhia – que está na Carteira InfoMoney desde setembro – divulga seus números na próxima sexta-feira (27), antes da abertura do pregão.
Os motivos para o otimismo do mercado podem ser traduzidos em 3 fatores: 1) o pior parece já ter passado para aços planos – segmento de atuação da empresa -, com sinais de aumento nos volumes e preços para os próximos trimestres; 2) evolução na geração de caixa e redução da alavancagem, que pode reduzir a percepção de risco e ajudar a impulsionar os papéis em bolsa; 3) visão de que o valuation está atrativo e que fez com que, recentemente, o Bradesco BBI reforçasse sua preferência pela ação da companhia, em contrapartida à Gerdau, assim como fez também o Bank of America Merrill Lynch (veja aqui as análises).
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Para o 3° trimestre, as surpresas positivas devem aparecer na primeira linha do balanço balanço, guiada por vendas domésticas mais fortes e preços mais altos. E mesmo que os custos maiores podem provocar uma ligeira queda no Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, o Itaú BBA classifica esses resultados como “sequencialmente menores, mas ainda sólidos”.
Segundo as estimativas compiladas pela Bloomberg, a receita líquida da Usiminas deve atingir R$ 2,68 bilhões no período, crescimento de 18,6% em relação ao mesmo trimestre de 2016, enquanto o Ebtida ajustado pode alcançar R$ 460 milhões, quase 50% maior utilizando a mesma base de comparação; mas 3,6% menor quando comparado ao 2° trimestre de 2016. Já na última linha do balanço, a empresa deve entregar um lucro líquido ajustado de R$ 36 milhões, revertendo prejuízo líquido de R$ 107 milhões um ano antes.
Analistas do Bradesco BBI comentam que os principais fatores para esses números devem ser: aumento de 6,5% em remeças de aço no mercado doméstico em uma base anual, com uma leve queda de exportações tanto em base trimestral como em base anual; aumento de 1,5% nos preços domésticos no 3° trimestre, com o recente início dessa elevação já se transformando em resultados; e maiores custos/tonelada, impulsionados por maior custo do carvão. No geral, comentam: “a Usiminas deve continuar sendo o destaque positivo do setor, entregando números sólidos, tanto na linha de receitas, como na frente de custos”.
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Veja abaixo as estimativas do mercado para o resultado da Usiminas no 3° trimestre :
Medidas (em R$ milhões) | 3T17E* | 2T17 | 3T16 | 3T17E/2T17 | 3T17E/3T16 |
Receita Líquida | 2.686 | 2.569 | 2.265 | 4,5% | 18,6% |
Ebitda | 460 | 478 | 307 | -3,6% | 49,8% |
Margem Ebitda | 17,1% | 18,6% | 13,5% | -1,5 p.p. | 3,6 p.p. |
Lucro líquido ajustado | 36 | 176 | (107) | 233% | – |
*Estimativas compiladas pela Bloomberg |
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