Quanto maior o governo, menor o cidadão…

Quanto maior o governo, menor o cidadão. Pra que ajudar alguém se sabemos que o estado irá fazê-lo. Não por acaso, os países que mais possuem a mentalidade de que os indivíduos e as individualidades devem ser preservadas, são os que mais se dedicam à filantropia... Veja no Terraço Econômico!

Terraço Econômico

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Publicidade

“Quanto maior o governo, menor o cidadão”. Essa é uma das coisas mais importantes sobre a sociedade que você terá ouvido…

Capa1

Na verdade, esse entendimento é a principal razão pelo sucesso particular dos Estados Unidos como uma sociedade livre e próspera.

Tudo se torna menor, quando o governo se torna grande. Liberdade se torna menor, individualidade se torna menor, caridade se torna menor e caráter se torna menor. Isso não é uma opinião política em nome de algum partido político – Partido Republicano, Partido Novo, ou qualquer outra que venha em sua mente – isso é simplesmente um fato observado. É apenas senso comum.

Continua depois da publicidade

Quando o governo cresce, praticamente tudo começa a desaparecer.

1 – Caridade

A primeira coisa que começa a desaparecer quando o governo se torna grande demais é a caridade. Sim, a caridade! Quando o estado se torna grande as pessoas passam a fazer menos caridade para os seus cidadãos. Aliás, “para que eu vou ajudar alguém se o governo pode fazê-lo por você?”. A prova disso? Segundo a Charities Aid Fundation, os americanos fazem mais caridades e se dedicam mais a trabalhos voluntários do que os europeus.

Continua depois da publicidade

Desde o início, o povo americano entendeu que o governo deve ser pequeno e os indivíduos devem dedicar o seu tempo e o seu dinheiro aos outros, assim como organizações não governamentais devem ser grandes e numerosas.

Os europeus, por outro lado, com a sua filosofia de um estado grande acabam por deixar para o estado o dever de cuidar dos outros, inclusive de seus familiares.

Não por acaso os Estados Unidos está em primeiro lugar no ranking de filantropia do mundo. O Reino Unido e a Irlanda, os primeiros países europeus a aparecerem no topo da lista, são justamente os que cultivam uma ideia de um governo pequeno, no qual o cidadão é responsável pela sociedade e não o contrário. A França? País como uma mentalidade de que o estado é o responsável por tudo? Não está entre os 10 primeiros…

Continua depois da publicidade

Sem título
Fonte: Folha de São Paulo

2 – Caráter e Liberdade

A segunda coisa que diminui, assim que o governo se torna grande, é o caráter e a liberdade das pessoas. Assim como cuidar dos outros é um sinal de caráter, cuidar de si também o é. Confiar nos outros para cuidar de você, quando você pode cuidar de si mesmo, só gera sentimento de inveja, além de demonstrar um senso de irresponsabilidade. E ainda pior: quanto mais as pessoas acabam dependendo do Estado, mais eles começam a desenvolver um chamado senso de “benefícios e direito”. Um senso de “benefícios e direito” é uma crença de que você não deve nada a ninguém mas as pessoas devem algo a você. Nesse caso o estado e seus cidadão que sustentam o estado devem a você.

Continua depois da publicidade

Mas além disso, um senso de benefícios cria outras duas ameaças de caráter: ingratidão e ressentimento. Quanto mais as pessoas esperam receber benefícios, menos elas serão gratas ao que ela receberam e elas ficam ofendidos quando qualquer um desses “direitos” são retirados deles. Por esse fato que “não há nada mais permanente do que uma um programa temporário do governo”,

Além do caráter outro aspecto que se torna pequena, quando um governo se torna grande, é a liberdade. Simples: mais governo, mais leis; mais leis, menos liberdade. Em grande parte da Europa, o governo diz quantas horas os empresários podem manter aberta as suas próprias lojas. Na França e Alemanha por exemplo, você não pode manter a sua loja aberta após um determinado horário e você também não pode abri-la antes de uma certa hora.

3 – Corrupção

Continua depois da publicidade

Há algumas coisas, no entanto, que um governo grande pode aumentar: Corrupção, fraude e roubo. A não ser que você acredite que pessoas são anjos, e que o poder político atraia anjos, você sabe que muitas pessoas com poderes ilimitados, e com quantias ilimitadas de dinheiro sob seu poder vão eventualmente abusar de todo esse sistema.

Sem título

Ranking de países mais transparentes. Brasil apenas em 69°

A lógica de um governo enxuto está por trás da visão das pessoas que fundaram os Estados Unidos da América. É a principal razão pela qual os Estados Unidos tem dado as pessoas mais liberdade e mais oportunidade para viver uma vida melhor que qualquer outro país forneceu aos seus cidadãos.

Apesar disso, ninguém deve negar que o governo pode e deve desempenhar algumas tarefas. Há muito que o governo tem que fazer.

O governo deve, por exemplo, proteger os cidadão de ataques estrangeiros. Esse é o motivo pelo qual há as forças armadas. É papel do governo proteger contra criminosos dentro do próprio país. Esse é o motivo pelo qual existe a Polícia. Assim como os Bombeiros e o Poder Judiciário são, obviamente, instituições fundamentais do governo. E sim, quando tudo o mais falha – o setor privado, as instituições de caridade, amigos, família – o governo deve estar lá para prover um sistema de proteção como último recurso. Mas ele deve ser sempre o último recurso, a última estância. Quando o governo é o primeiro recurso, a primeira saída que os indivíduos procuram quando eles possuem um problema, coisas más podem acontecer.

Leonardo de Siqueira Lima

Este texto é praticamente uma tradução do vídeo de Dennis Pragger “The Bigger the Government, The Smaller the Citzen”.


CARTA DO TERRAÇO ECONÔMICO!

Os fundos de investimento, em geral, soltam uma Carta Mensal com o panorama econômico e político do pais, além de dados do mercado financeiro..
O Terraço Ecônomico, a partir desse mês, também envia a sua carta. É uma ótima oportunidade para relembrar os principais eventos econômicos e políticos ocorridos no último mês, sempre de forma clara e informativa.
E o melhor de tudo? É sem custo para você leitor.
-> ACESSE AQUI a nossa primeira edição! <-

Autor avatar
Terraço Econômico

O Terraço Econômico é um espaço para discussão de assuntos que afetam nosso cotidiano, sempre com uma análise aprofundada (e irreverente) visando entender quais são as implicações dos mais importantes eventos econômicos, políticos e sociais no Brasil e no mundo. A equipe heterogênea possui desde economistas com mestrados até estudantes de economia. O Terraço é composto por: Alípio Ferreira Cantisani, Arthur Solowiejczyk, Lara Siqueira de Oliveira, Leonardo de Siqueira Lima, Leonardo Palhuca, Victor Candido e Victor Wong.