Avião nunca mais… vou de trem!!!

Eurostar, Canal da Mancha.Enquanto escrevo este artigo, o trem que liga a Londres, na Inglaterra, à Paris, na França, cruza o Canal da Mancha a mais de trezentos quilômetros por hora, a  mais de cem metros de profundidade. Penso comigo mesmo: nunca foi tão fácil, rápido e confortável percorrer cerca de quinhentos quilômetros e ir […]

Paulo Panayotis

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Eurostar, Canal da Mancha.Enquanto escrevo este artigo, o trem que liga a Londres, na Inglaterra, à Paris, na França, cruza o Canal da Mancha a mais de trezentos quilômetros por hora, a  mais de cem metros de profundidade. Penso comigo mesmo: nunca foi tão fácil, rápido e confortável percorrer cerca de quinhentos quilômetros e ir de um país ao outro em pouco mais de duas horas!
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                                                                          Trem Eurostar : duas horas de Paris a Londres

Enquanto espero dentro de um táxi o trânsito de São Paulo andar, bate aquela angústia: será que vou perder o voo? Será que o voo está lotado? Será que vou conseguir um bom lugar? Vai ter criança chorando durante todo o voo? Estou embarcando do Brasil para a França pela Air France, companhia aérea querida que, nos últimos anos deixou de ser tão querida assim.
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Air France a ex queridinha

A ideia deste artigo é antiga. Tentar comparar o incomparável: viajar de avião ou de trem? A medida que o tempo vai passando e eu vou me acostumando ao trem, um conceito se concretiza em minha mente: viajar de avião se tornou, nos últimos anos, algo extremamente chato, angustiante e desconfortável. Vamos comparar?Viajar de avião no Brasil já foi bom. O refrão “Varig, Varig, Varig” soa memoravelmente em minha mente. Eram os tempos áureos da aviação brasileira. “Aeromoças” educadas, bem vestidas e bem remuneradas eram felizes e orgulhosas em bem atender aos passageiros. Hoje, poucos anos depois, os serviços das principais companhias aéreas brasileiras estão um pouco além do péssimo. Uma ou outra se destaca por um pequeno detalhe que, desavergonhadamente, alardeia como se fosse uma prestação de serviço de primeira. Desde o instante do check-in no aeroporto, passando pelo estressante sistema de detector de metais e do despacho das malas, tudo é absolutamente enervante, irritante! Pior! Agora se paga por tudo, seja para despachar malas, seja para escolher assento.
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“Animal class” ou Classe econômica da Air France: apertaaada!!!

 
Já de trem, o papo é bem outro. Paris. Com muita calma e com pouquíssima antecedência, pego um metrô em qualquer parte da capital francesa e, em poucos minutos, chego à estação Gare du Nord. Sem fila, sem stress, sem correria e, principalmente sem pagar nada a mais por mala ou para escolher assento. Embarco tranquilamente. O passaporte é checado eletronicamente, sem a presença de ninguém. A bordo, mesmo nas classes econômicas, o serviço de internet sem fio (Wi Fi) é gratuito e eficiente.
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Almoço ou jantar quente ou lanche dependendo do horário

Tem cafeteria a bordo. Lanches gostosos, quentes e a preços justos. Na primeira classe serviço completo: aperitivos e sanduíches de salmão ou refeições quentes, dependendo do horário, incluídos no preço do bilhete.
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Seleção de vinhos tintos e brancos a vontade na business e na business premier
Tudo farto, tudo à vontade, sem miséria e com muito conforto. Chego à estação de King´s Cross St Pancras, em Londres, descansado e feliz. Detalhe: para brasileiros há ainda mais vantagens se emitir os bilhetes pela Rail Europe diretamente no Brasil. Mais vantagens: com os bilhetes ainda tem descontos em diversas atrações inglesas como teatro, cinema, jantares, etc. Lembro, quase com pesar, do serviço de bordo em meu último voo da Air France, de Paris para Milão, agora em novembro. Após um embarque altamente estressante, cadeiras pequenas, apertadas, crianças gritando. Atendimento desleixado, comida abaixo da crítica, serviço indigno da Air France. Não vejo a hora de chegar, de sair daquele tubo cilíndrico que, até há bem pouco tempo, era sinal de um início de viagem excitante!
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Poltronas confortáveis para trabalhar ou relaxar

Pena que o Brasil não tem – nem nunca terá – um serviço ferroviário como o resto do mundo civilizado. Não cabe aqui discutir a razão! Mas cabe, seguramente, a reflexão… Sempre que houver a possibilidade de escolher, não tenho a menor dúvida: vou de trem! Avião, nunca mais, ou melhor, sempre que não houver outra possibilidade.
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Jornalistas Paulo Panayotis e Adriana Reis viajaram a convite do Visit Britain, Rail Europe e seguro viagem Travel Ace.

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