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Caros(as) leitores(as),
Um dos eventos mais aguardados do ano está cada vez mais próximo: as eleições presidenciais nos EUA. Na corrida, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris. Nesse momento em que escrevo, ao olharmos para as casas de apostas lá fora, temos um empate, literalmente quase um “50/50”. Famoso “flip the coin”, como a turma costuma dizer no mercado para parecer rebuscado e inteligente.
Os comitês de investimento começam a realizar seus exercícios de futurologia para determinar o que vai acontecer com os ativos nesse momento. Essa leitura é cruzada com os posicionamentos atuais; a ideia é que todos fiquem confortáveis com os portfólios e, a partir disso, atravessem essa ponte com consciência.
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Sinceramente, não sei por que as pessoas gostam tanto de discutir sobre o tema eleitoral. Aliás, acho ótimo; continuem gerando volatilidade, dessa forma eu permaneço na capa de todos os jornais.
Porém, como vocês querem tanto falar sobre isso, vamos lá:
Os agentes do mercado acreditam que Donald Trump será o grande vencedor. Sinceramente, se estivéssemos em um bar na Faria Lima, eu diria que acredito na vitória da Harris.
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Entretanto, antes da eleição, temos eventos mais importantes para analisar. Na última sexta-feira, o Relatório de Emprego americano divulgou dados muito fortes e acima da expectativa do mercado.
Outra variável que merece atenção é a temporada de resultados nos EUA, com divulgações muito esperadas, como no caso da Nvidia. Tudo isso é muito mais importante que a eleição em si.
Mas voltando a eleição, vamos simplificar o raciocínio: em caso de vitória do Trump, será bom para a bolsa e ruim para a renda fixa nos EUA (bonds). Se Harris for eleita, acontece o contrário – isso no curto prazo.
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Olhando os dados de alocação (sim, eu sei exatamente o que você está fazendo com seu dinheiro), os níveis de alocação em bolsa, especialmente na americana (S&P 500), são muito baixos. Deveremos ter volatilidade, mas, se eu estiver certo, esses eventos pouco falados, a meu ver, farão a bolsa por lá subir.
Se der Trump, talvez tenhamos ainda mais motivos para uma alta de curto prazo. Mas como o jogo está em aberto, acredito que você já está preparado para o evento “Harris”, dado que você possivelmente não tem quase nada de dinheiro investido em ações fora do Brasil (ou muito pouco). Nesse balanço de riscos, você tem muito mais a deixar de ganhar do que a perder.
Diante dos eventos e da possibilidade de termos Donald Trump como grande vencedor, você perderia essas altas da bolsa por lá. Não parece uma má ideia montar uma posição sintética para isso.
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Porém, estar mais defensivo próximo da eleição, como você medroso já está, parece ser uma boa ideia dessa vez. Amigos bons dão conselhos e recomendações; ainda bem que eu não tenho amizade com ninguém.
