Suprema Corte assume protagonismo no debate eleitoral americano após falecimento da juíza Ruth Bader Ginsburg

A indicação vai ao centro da disputa eleitoral agora que a corte passa a contar com 5 juízes conservadores e 3 liberais

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Ruth Bader Ginsburg  (Foto: Kevork Djansezian/Getty Images)
Ruth Bader Ginsburg (Foto: Kevork Djansezian/Getty Images)

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A morte na sexta-feira (18) de Ruth Bader Ginsburg, que era mais antiga juíza da Suprema Corte americana, símbolo liberal e que lutava contra um câncer, abre uma vaga no colegiado, já que os juízes são nomeados de forma vitalícia.

A indicação vai ao centro da disputa eleitoral agora que a corte passa a contar com 5 juízes conservadores e 3 liberais.

A nomeação de ministros à Suprema Corte já era um assunto caro ao eleitorado americano, particularmente por sua influência sobre a pauta de costumes, o que ganha ainda mais relevância num contexto de polarização.

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Segundo pesquisa recente do Pew Research Institute, o tema já era a terceira principal preocupação dos eleitores, depois da saúde e economia.

Em 2016, Donald Trump usou uma abertura na Corte como parte de sua plataforma eleitoral para conquistar o voto de conservadores que buscavam aumentar a representatividade no colegiado.

Nesse sentido, o tema dá fôlego à essa mensagem da campanha do presidente, que tentava repetir o argumento de 2016 em 2020, mas vinha obtendo resultados menos efetivos que na eleição anterior.

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No lado democrata, Joe Biden deve reforçar o mesmo argumento, mas em sentido contrário, alertando ao risco da ampliação da maioria republicana na Suprema Corte.

Por enquanto, é possível afirmar com certa tranquilidade que a vaga não será preenchida antes da eleição e que o assunto ganhará ainda mais importância daqui até 3 de novembro.