Viver mais não é viver melhor. Como alcançar a longevidade com saúde

O aumento da expectativa de vida traz desafios, mas também oportunidades. Como a sociedade – empresários, funcionários e o sistema de saúde – pode se preparar para uma longevidade com qualidade?

Paola Machado

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Publicidade

Viver mais não significa necessariamente viver bem. De nada adianta adicionar anos à vida se esses anos forem vividos com doenças crônicas, limitações físicas e mentais. Uma longevidade saudável envolve muito mais do que simplesmente alcançar idades avançadas. Envelhecer melhor significa ter uma boa memória, mobilidade preservada e capacidade cognitiva. Esses fatores são essenciais para uma velhice produtiva e com saúde mental, não apenas para o bem-estar individual, mas também para aliviar a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir que a sociedade como um todo funcione de forma sustentável. Por isso, é muito importante que tanto o indivíduo, quanto a sociedade se preparem para esse cenário.

O primeiro desafio que o aumento do tempo de vida no Brasil produz é no sistema de saúde. Embora a expectativa de vida já tenha ultrapassado os 76 anos, grande parte dos idosos brasileiros está adoecida. Segundo o Ministério da Saúde, 75% dos idosos sofrem de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Esses dados mostram que viver mais sem qualidade de vida pode transformar a longevidade em um problema. No entanto, é importante ressaltar que existe uma parcela da população que envelhece bem, com uma longevidade saudável e ativa, mas essa ainda não é a realidade para a maioria dos brasileiros.

Além das consequências para o sistema de saúde, o envelhecimento populacional também afeta diretamente as empresas e seus colaboradores. Para as companhias, o desafio é duplo: além de lidar com a perda de produtividade devido ao aumento de absenteísmo causado pelo burnout, há também a questão de como manter um ambiente saudável e sustentável para uma força de trabalho que está envelhecendo. O estresse crônico e a exaustão, impulsionados por longas jornadas e condições inadequadas, afetam diretamente a capacidade de inovação e a competitividade das empresas.

Continua depois da publicidade

Mas como equilibrar o viver mais com viver melhor?

A longevidade só é realmente valiosa quando é acompanhada de qualidade de vida. Para isso, é importante adotar estratégias que favoreçam uma velhice saudável. Aqui estão algumas medidas essenciais que podem ajudar nesse processo:

A longevidade só tem valor com qualidade de vida; então, movimente-se, cuide da sua saúde e inspire quem está ao seu redor. Seja um incentivador das novas gerações. Assim, viver mais será sinônimo de viver bem, com autonomia e bem-estar.

Autor avatar
Paola Machado

Dra. Paola Machado é Doutora e Mestre em Ciências da Saúde pela UNIFESP, especializada em Fisiologia do Exercício, Nutrição e Fisiopatologia da Obesidade. Com mais de 2000 textos publicados em portais renomados, ela se destaca como uma referência em emagrecimento, performance pessoal e rotinas de sucesso, traduzindo conhecimento científico em práticas acessíveis e eficazes.