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“Don’t think it’s likely Fed will cut in March” (“Eu não acho provável que o Fed vá cortar em março”). Depois da decisão amplamente aguardada, o Powie foi responder perguntas dos jornalistas. Ao longo da sua fala, a probabilidade de corte de juros em março saiu de 40%, foi beliscar 75%, voltou à 45%, retornou à 60% e fechou em 35%. Palmas à dialética. Palmas à ambiguidade. Palmas a deixar portas abertas. Vaias à clareza. “Unexpected Labor weakness would weigh on cutting sooner” (“Fraqueza inesperada no mercado de trabalho, pesaria a favor de um corte mais cedo”). Teve essa também. E aí? Quem está de olho no Non-Farm Payroll de amanhã? Alguns estudos indicam o ISM Employment Index como um dos principais antecedente do NFP. Se for o caso, amanhã teremos a surpresa pra baixo citada pelo Jay.
E sobre o Copom? Segue paciente e sereno. Aposto que deixaram o estagiário lá, para copiar e colar o mesmo comunicado e a mesma decisão de dezembro. Se você leu o comunicado passado, você leu o de ontem. Deram “run” na macro do Excel e bora pro Carnaval. Em março a gente pensa. Afora isso, temos outros dados, como sempre. Colômbia iniciou o movimento de afrouxamento, com o primeiro corte de juros (0,25% – indo para 12,75%). E hoje ainda temos Bank of England decidindo juros. 2024, o ano do afrouxamento global.
Ontem pela manhã, um banco regional (NY Community Bancorp) divulgou resultado bem mais fraco que esperado e arrastou todos os pares (KRE sofreu). Na sequência, a Yellen divulgou o programa (QRA) de colocação de novas dívidas pelo Tesouro: bem mais curtas que o mercado temia (good news). Juro de 10 anos rasgou 10bps pra baixo em 50 minutos. Durante o discurso do Powell, caiu mais uns 8bps, mas esse fechamento todo não puxou a bolsa. S&P caiu mais de 3% no dia. Juro curto ainda tem seu mérito e gogó de banqueiro central, ainda tem poder.
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