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O mês de agosto encerrou com quase 259 mil carros vendidos, e isso implicou em retração nas vendas de veículos na ordem de -7,37%, sobre o mês de julho (279,39mil).
Se compararmos o atual volume de vendas sobre igual período do ano passado, registramos retração de -17,2% onde, em agosto do ano passado, tivemos 312,55 mil carros vendidos.
No acumulado deste ano, são 2,118 milhões de carros vendidos contra 2,342 milhões sobre 2013, retração de -9,56%. O pior resultado dos últimos quatro anos.
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A baixa atividade nas vendas de automóveis e comerciais leves é, em boa parte, explicada por dois
* CRÉDITO – Segundo o BC, o Saldo da carteira de crédito estava em R$ 185,2 bilhões (jul/14). Em relação ao mesmo período do ano passado, registramos queda de -4,5%, ou diminuição de R$ 8,7 bilhões na carteira de crédito. De fato, o saldo atual é o menor dos últimos 26 meses, com tendência de queda. O lado “menos ruim” é que as liberações de recursos mantiveram-se estáveis neste ano. Ainda segundo o BC, entre janeiro a julho deste ano tivemos R$ 64,9 bilhões de créditos liberados, contra R$ 64,4 bilhões sobre os primeiros sete meses do ano passado.
* Além da diminuição da oferta de crédito, existe também uma maior dificuldade em liberação do financiamento. Mas um dos fatores que reforçou a diminuição do consumo, foi uma piora do “humor” do consumidor. Índice esse medido pela FECOMERCIO/SP (ICC), que é um dos piores indicadores dos últimos 8 anos. O lado positivo foi que, nos meses de julho e agosto, registramos melhora desse índice. Ou seja, ele parou de cair! O índice de agosto está em 110,54, onde, o ideal para que haja um aumento do consumo, é que fique entre 140 a 160.
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Apesar da queda nas vendas de quase -10%, o faturamento do setor apresenta trajetória menos acentuada. Segundo apuramos, o faturamento do setor automotivo apresenta queda de -4,35%. Com R$ 99,092 bilhões, em carros vendidos entre janeiro a agosto, registramos perda de R$ R$ 4,509 bilhões sobre o mesmo período do ano passado, quando tivemos R$ 103,601 bilhões vendidos.
O faturamento menor das montadoras (em relação a queda nas vendas) é reflexo do aumento de preço praticado pelas mesmas. Esse aumento está alicerçado em três fatores: carros com mais tecnologia embarcada (novas determinações de segurança); aumento do IPI e, PRINCIPALMENTE, foi a maneira encontrada pelas montadoras em evitar prejuízos maiores. Se a venda está em queda, aumentam-se os preços para diminuir o impacto financeiro. Pode parecer loucura…mas está dentro do “manual” deles. Basta qualquer um acessar os relatórios das empresas cotadas em bolsa e encontrar essa “solução” para manter a rentabilidade da empresa.
O mercado está ruim… isto é fato! Mas o grande diferencial é como cada empresa faz o seu “dever de casa”. Dentro do mercado com retração de -10%, no acumulado deste ano, temos o “grupo do filé mignon”, com a Hyundai crescendo +10,2%; Toyota com +4,84%; Mitsubishi com +0,24%; e até uma duvidosa Renault com -0,23%.
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Considerando o QUARTETO DE FERRO, elas estão com quedas de: -14,87% para VW; -13,46% da GM; -12,80% da Ford e a líder de mercado Fiat com -10,95%, sendo que aqui explica um pouco o lay off que aplicam em suas fábricas.