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Relembrando um pouco da história recente do setor automotivo, tivemos algumas “fusões” (jeito carinhoso para se referir a INCORPORAÇÃO), que mudaram um pouco a dinâmica do mercado automotivo. Tivemos a criação da FCA (Fiat/Chrysler); a Mitsubishi indo parar nas mãos do pessoal da Renault/Nissan e, recentemente, a Opel foi para a família Peugeot.
No caso da Chrysler, ela era aquela marca que estava rodando de mão em mão para tentar sobreviver (antes da FCA teve a fusão Daimler-Chrysler). O lado mais interessante aqui foi que: o que o alemão não conseguiu dar jeito, o italiano conseguiu. ROLOU UM PARADOXO ABSURDO!
Já a Opel fez com que a PSA se consolidasse mais ainda como a marca número 1 da Europa.
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E qual impacto disso para nós, tupiniquins?
Bem, vou usar o exemplo da FCA aqui no Brasil.
Antiga líder de mercado por muitos anos, a Fiat entrou numa “draga” descomunal no mercado brasileiro. O faturamento médio mensal da marca no período de 2009 até 2014 era algo próximo a R$ 2,31 bilhões. Já em 2015 o faturamento caiu para R$ 1,51 bilhão; depois para R$ 1,23 bilhão em 2016 e para R$ 1,14 bilhão em 2017.
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O faturamento da Fiat caiu em mais de 50%.
A salvação da lavoura para o grupo aqui no Brasil foi a marca JEEP. Com o sucesso do Renegade e depois do Compass, o grupo conseguiu diminuir o tombo de mais de 50% para “módicos” 21%, como a tabela abaixo nos mostra:
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MÉDIA MENSAL | FIAT | JEEP | FCA |
2009 | R$ 2.050.902.657 | R$ 0 | R$ 2.050.902.657 |
2010 | R$ 2.283.338.422 | R$ 0 | R$ 2.283.338.422 |
2011 | R$ 2.397.832.993 | R$ 0 | R$ 2.397.832.993 |
2012 | R$ 2.507.563.007 | R$ 0 | R$ 2.507.563.007 |
2013 | R$ 2.334.402.470 | R$ 0 | R$ 2.334.402.470 |
2014 | R$ 2.277.092.527 | R$ 0 | R$ 2.277.092.527 |
2015 | R$ 1.506.476.476 | R$ 298.737.069 | R$ 1.805.213.545 |
2016 | R$ 1.231.730.979 | R$ 423.736.778 | R$ 1.655.467.756 |
2017 | R$ 1.136.783.279 | R$ 681.570.722 | R$ 1.818.354.000 |
DISTR. FAT. | FIAT | JEEP |
2009 | 100% | 0% |
2010 | 100% | 0% |
2011 | 100% | 0% |
2012 | 100% | 0% |
2013 | 100% | 0% |
2014 | 100% | 0% |
2015 | 83,45% | 16,55% |
2016 | 74,40% | 25,60% |
2017 | 62,52% | 37,48% |
Hoje, para o grupo FCA, a Jeep representa mais de 1/3 do resultado da marca. Em volume de vendas, a Jeep representa menos de 25%. Ou seja: dá menos trabalho que a Fiat, e traz mais dinheiro!
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MÉDIA MENSAL | FIAT | JEEP | FCA |
2009 | 61.165 | 0 | 61.165 |
2010 | 63.329 | 0 | 63.329 |
2011 | 62.761 | 0 | 62.761 |
2012 | 69.860 | 0 | 69.860 |
2013 | 63.904 | 0 | 63.904 |
2014 | 58.165 | 0 | 58.165 |
2015 | 36.587 | 3.482 | 40.069 |
2016 | 25.421 | 4.921 | 30.342 |
2017 | 22.814 | 6.820 | 29.634 |
DISTR. VENDAS | FIAT | JEEP |
2009 | 100% | 0% |
2010 | 100% | 0% |
2011 | 100% | 0% |
2012 | 100% | 0% |
2013 | 100% | 0% |
2014 | 100% | 0% |
2015 | 91,31% | 8,69% |
2016 | 83,78% | 16,22% |
2017 | 76,99% | 23,01% |
Aqui em terras brasilis, a nova galinha dos ovos de ouro para o pessoal da FCA passou a ser a Jeep. Já a Fiat está virando o “patinho feio” da nossa história. A Fiat que vendia quase 70 mil carros/mês, está agora com média de 22 mil. Ela perdeu um volume de 48 mil carros mês! Esse foi o tombo da Fiat.
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