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Recentemente prestei um serviço de aulas de mestrado online cuja empresa contratante está domiciliada em Madri, Espanha. Com todo o avanço tecnológico atual, lecionar pela internet, num ambiente online, é excelente e flui muito tranquilamente. Tudo funciona muito bem. O problema é ser pago pela empresa, dado que resido no Brasil.
Fazer uma transferência internacional é impraticável. Considerando que o valor contratado pelas aulas não era nenhuma soma estratosférica, usar o sistema bancário tradicional é altamente custoso e demorado. As taxas podem variar enormemente e, dependendo dos casos, levar vários dias para os fundos serem recebidos na conta. Isso se nada der errado na mensagem de envio, caso contrário, o dinheiro fica no limbo por semanas. Uma situação nada agradável, lhe garanto.
Usar o PayPal até pode ser viável, mas seria apenas uma solução secundária, mais rápida, ainda assim com desvantagens, porque ninguém pode sacar o saldo da conta no PayPal em moeda local.
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O mais fácil, rápido e seguro seria tanto a empresa quanto eu usarmos o sistema do Bitcoin. Disponibilizaria meu endereço público para eles, e a transferência ocorreria instantaneamente. Mas nem toda empresa está disposta a usar bitcoin. E nem todo profissional contratado quer manter algum saldo de caixa denominado na criptomoeda. Qual a solução para esse eventual impasse?
Usar o serviço da Bitwage.
O que a Bitwage oferece é uma interface entre a empresa contratante e o profissional contratado (freelancer, terceirizado, autônomo, etc.). Basta abrir um cadastro na plataforma da Bitwage, criar uma fatura e enviar à empresa pagadora, que poderá realizar um pagamento local, sem fricção alguma. Quando o depósito é confirmado, o profissional recebe os fundos em questão de horas (em geral, não mais do que 24 horas).
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Caso seja um contrato recorrente, como um assalariado internacional (wage, por sinal, significa salário em inglês), é possível estabelecer pagamentos programados sem necessidade de criar uma fatura.
Além disso, o trabalhador cadastrado na plataforma da Bitwage tem a opção de customizar o recebimento, definindo quanto do salário deseja receber na conta bancária, em moeda local, e quanto em bitcoin.
Porque a Bitwage utiliza o blockchain do bitcoin como backend de todo o processo, as taxas são menores, e a agilidade, muito maior.
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De que forma a empresa operacionaliza todo o serviço? Simples, atualmente a Bitwage, sediada nos Estados Unidos, tem contas em diversos países, ou atua com parceiros locais. Com isso, ela é capaz de oferecer às contratantes pagamentos no sistema bancário local. A ponta pagadora nem precisa abrir cadastro com a Bitwage, basta realizar o pagamento conforme instruções dadas pelo trabalhador usuário da plataforma.
Alavancando o potencial do blockchain do Bitcoin, a Bitwage é capaz de realizar remessas internacionais com baixíssima fricção, a um custo reduzido e com uma rapidez muito superior à da forma tradicional.
Mas não é apenas o trabalhador contratado por empresas estrangeiras quem se beneficia da plataforma da Bitwage. As contratantes também podem usufruir das facilidades inovadoras gerenciando a sua folha de pagamentos internacional pela plataforma por meio da função Team Wages.
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Imaginem uma empresa de software que contrata programadores domiciliados em diferentes países – algo bastante comum para quem atua nesse ramo. Como ela faria para pagar todos os colaboradores no fim do mês? Múltiplas transferências bancárias seriam um verdadeiro pesadelo: caras, demoradas e trabalhosas, pois exigiriam monitoramento minucioso.
Com o Team Wages, tudo o que a empresa de software precisa fazer é um único pagamento; a Bitwage cuida do resto, transferindo para cada contratado o valor acordado no formato que melhor convir a todos.
Fundada há pouco mais de dois anos, a Bitwage já conta com mais de 6.500 trabalhadores e cerca de 200 empresas usuárias do Team Wages para gerenciamento de folha internacional. Até meados de setembro, já haviam sido processados pela plataforma aproximadamente US$ 7,5 milhões em pagamentos.
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Uma das coisas que a invenção do bitcoin tem evidenciado é o quão anacrônico e antiquado é o sistema financeiro tradicional. Em um mundo altamente globalizado, conectado, interdependente, em que tudo pode ser realizado quase instantaneamente, a indústria financeira permanece um oásis de ineficiência na era digital.
Por que podemos enviar e-mails, compartilhar textos, foto, e transmitir vídeos na velocidade da luz ao mundo todo com um custo desprezível, mas não somos capazes de transferir a outros meros dígitos eletrônicos do nosso banco com a mesma facilidade e rapidez? Felizmente hoje temos o bitcoin e a perspicácia da Bitwage para alavancar a tecnologia e derrubar algumas barreiras remanescentes do mundo financeiro.
Para quem é freelancer e tem o mundo inteiro como mercado de trabalho, uma solução como essa é nada menos que ideal. Usuários do Upwork podem utilizar a Bitwage para ser remunerados por seus trabalhos. Até mesmo parceiros do Uber e do AirBnB têm a possibilidade de receber pagamentos por meio da Bitwage.
Sim, usei a Bitwage e recomendo. E não, não recebi nada da empresa para publicar este post. Até porque este blog tem como política inegociável não receber para divulgar empresas ou produtos. O critério é simples: se for algo bom e útil para o crescimento do bitcoin ou do ecossistema das moedas digitais e da tecnologia do blockchain como um todo, cedo ou tarde será abordado aqui no blog.
Uma inovação como a da Bitwage merece ser conhecida por todos.