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Caros(as) leitores(as),
Na última semana, vivenciamos muita volatilidade no mercado local, especialmente no câmbio. Sem grandes novidades, afinal estamos falando do Brasil, não é mesmo?
Você já deve ter escutado ou lido sobre a diferença entre ruído e sinal, dentro do contexto de análise do cenário adiante. Sinais indicam alguma mudança estrutural e relevante que está por vir, enquanto ruídos apenas atrapalham a leitura de ambiente e podem motivar a tomada de decisão errada.
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Normalmente, falas de políticos e ações de “curto prazo” são tratadas como esse barulho que gera incomodo, principalmente para aqueles investidores que possuem um horizonte mais longo de investimento. Para Márcio Appel, sócio fundador e gestor da Adam Capital, estamos diante de sinais – e não ruídos.
Márcio é um gestor de histórico comprovado e fez muito sucesso quando estava à frente da família de fundos Safra Galileo. Deixou o banco para empreender e fundou a própria casa independente de gestão de recursos.
A Adam é uma casa macro – ou seja, seus veículos de investimento principais são fundos multimercado. Ele chamava atenção por investir com robustez no exterior, o que até aquele momento era uma raridade na indústria local.
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Após resultados ruins no passado recente, voltou ao “básico”, nas palavras dele, reforçou o time da Adam com novos sócios, até aqui está acertando o entendimento do mundo e desponta entre as principais performances do segmento. Ele não costuma ser portador de mensagens positivas sobre o Brasil, mas será ele pessimista ou realista?
Para Márcio, o conjunto de políticas públicas adotadas pelo governo comprometem a trajetória fiscal, com uma liderança que não indica compromisso no controle de gastos. Essa “melhora” que assistimos com a inflação, que cedeu de forma benigna no mundo, talvez seja algo passageiro e tudo pode piorar de forma considerável adiante.
Claro que nem tudo é um mar de rosas ou apenas desgosto, mas estamos possivelmente muito longe de uma oportunidade de “compra” no Brasil. Aliás, para Márcio, é muito melhor montar posições pessimistas do que otimistas.
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Dentro delas, o time da Adam gosta de “tomar juros”, jargão do mercado que indica uma aposta que os juros futuros serão maiores (nesse caso, aqui no Brasil). Ele combina essas posições pessimistas com uma otimista: comprado no Ibovespa, a bolsa brasileira.
No contexto da diversificação, se ele estiver errado, esse investimento pode proteger a carteira, ao passo que ele também enxerga um ambiente onde ele ganhe em todas as pontas. Nós desmembramos todas as visões do Márcio e suas respectivas posições no Stock Pickers.
Confira o resultado dessa conversa aqui:
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