GARANTIAS DO FGC
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O FGC tem como papel proteger os depósitos e aplicações que são feitas nos bancos e demais instituições financeiras do Brasil. No entanto, existe uma lista específica de aplicações para seu dinheiro estar realmente protegido pelo FGC, as mais importantes para a maioria dos investidores são:
- – Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio (conta-corrente);
– Depósitos de poupança;
– Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado (os mais comuns são os CDBs);
– Letras de câmbio – LC;
– Letras de crédito imobiliário – LCI;
– Letras de crédito do agronegócio – LCA.
Perceba que a poupança é apenas um único item dentre vários que possuem cobertura do FGC. Ou seja, outros ativos que rendem muito mais como CDB, LC, LCI e LCA, possuem exatamente a mesma proteção que a caderneta de poupança. No início enquanto o fundo ainda era embrionário e possuía poucos depósitos, o FGC ainda protegia o investidor em apenas R$ 20 mil (equivalente a cerca de R$ 80 mil nos valores de hoje).
Com o tempo os valores foram precisando ser reajustados pela inflação e o próprio crescimento do fundo permitiu que ele oferecesse garantias cada vez maiores. Por conta disso, hoje o FGC já consegue proteger o investidor em até R$ 250 mil para cada instituição financeira que ele colocar o dinheiro dele.
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O investidor pode ter R$ 1 milhão e depositar em 4 instituições diferentes (R$ 250 mil em cada uma) que terá proteção para todo o seu patrimônio financeiro. Um cuidado muito importante que você deve tomar é que se dois bancos fizerem parte de um mesmo conglomerado, a garantia válida será de apenas R$ 250 mil para todos eles. Isso é difícil de perceber, pois alguns bancos possuem marcas completamente distintas de seus controladores. Atualmente o Banco Central enumera quase 100 conglomerados financeiros diferentes no Brasil.
Para piorar, se você investir em duas instituições financeiras separadas e elas fizerem uma fusão no futuro, você perderá a proteção individual de R$ 250 mil que tinha para cada uma delas, e terá a proteção equivalente a apenas uma única instituição. Um caso recente desse tipo de situação ocorreu com a compra do HSBC pelo Bradesco em 2016. Para descobrir se você está protegido pelo FGC, você pode consultar todos os conglomerados e os bancos que fazem parte deles direto pelo Banco Central.
Essa proteção também é dividida para cada CPF/CNPJ. Logo, se uma família tiver R$ 500 mil e o dinheiro for dividido entre o casal, cada um contará individualmente com R$ 250 mil de proteção pelo FGC para cada instituição financeira. O mesmo vale para diferentes empresas. Mas atenção: essa regra só serve para contas individuais.
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Contas conjuntas funcionam como uma única conta e contam com apenas R$ 250 mil de proteção independentemente do número de titulares. Para quem ainda possui um patrimônio financeiro grande e precisa de uma proteção muito maior, existe a DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial). Como o próprio nome sugere, esse é um título que funciona como um “CDB turbinado”, que protege o investidor em até R$ 20 milhões.