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Ninguém deseja ver os filhos passando necessidade, porém, é verdade que se endividar para ajudá-los ou mesmo sacrificar a sua poupança para a aposentadoria no futuro tampouco são decisões inteligentes. O risco é onerar seus filhos no futuro, quando a idade avançada aumentar as despesas com saúde e não houver mais uma fonte fixa de renda. Lembre-se de que seus filhos ainda têm tempo de recuperar as finanças e construir uma previdência confortável, quem está perto da aposentadoria, não.
Abaixo orientamos como ajudar o seu filho a não ficar acomodado e se restabelecer financeiramente sem sacrificar você mesmo as suas finanças.
Livre-se da culpa: é a primeira coisa a se fazer, pois é a culpa que leva muitos pais a passarem a mão na cabeça dos filhos. Ninguém quer ver os filhos sofrerem, mesmo quando eles já são adultos, e a tentação de querer resolver todos os seus problemas é grande. Em primeiro lugar, há problemas que simplesmente não é da sua alçada resolver – se você não pode empregar seu filho desempregado, ele mesmo terá que achar uma recolocação. Em segundo lugar, o melhor que pode acontecer com eles é aprender a caminhar com as próprias pernas, se reestruturar e ser independente, e não voltar para baixo da asa dos pais. Bens materiais e dinheiro não compensarão as faltas do passado.
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Não reacostume seus filhos ao “paparico”: filhos adultos que voltam a morar com os pais podem voltar a se acostumar com a comidinha da mamãe e a roupa lavada. Não permita que isso aconteça, pois eles devem ser tratados como adultos, faça com que eles dividam as tarefas domésticas e contribuam pelo menos para algumas despesas da casa.
Saiba dizer não e ponha as cartas na mesa: desde a educação financeira infantil até esses aprendizados forçados da vida adulta, a imposição de limites é fundamental para que a pessoa internalize que não vai ter tudo que deseja sem lutar. Não é proibido ajudar os filhos financeiramente, desde que o auxílio esteja dentro do seu orçamento e não comprometa o planejamento da sua aposentadoria. Deixe claro quanto você pode gastar e que a situação é provisória. Se preciso for, estabeleça um prazo para a permanência do seu filho na sua casa ou para a ajuda financeira.
Defina prioridades: dê ajuda financeira para questões fundamentais, como uma doença ou os primeiros gastos caso seu filho ou filha se depare com uma gravidez indesejada. Evite pagar o que não for urgente – como um curso para uma recolocação no mercado – ou pague apenas uma parte.
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Prefira emprestar a doar: muitos filhos se sentem constrangidos por terem de voltar a depender de uma ajuda financeira dos pais, e se planejam para ressarci-los no futuro. Se isso não ocorrer por iniciativa do seu filho, estabeleça um planejamento para que ele possa pagá-lo de volta no futuro.
Jogue a bola para o seu filho: acolha seu filho, mas deixe claro que ele é o responsável por encontrar uma solução para os seus problemas. Coloque-se à disposição para refletir em conjunto, mas deixe claro que as decisões finais devem ser dele.
Dê orientação: ajude seus filhos a levantar prioridades e planejar como sair da situação difícil. Sugira caminhos. No caso de um filho desempregado, por exemplo, ajude-o a listar pontos fortes e fracos, buscar cursos que o requalifiquem e vagar menos óbvias para se recolocar no mercado.
Não tente reviver sua juventude: “Os pais devem compreender que o fato de a cria estar de volta a casa não vai torná-los mais jovens” é tentador reviver os bons e velhos tempos da juventude, com os filhos dependentes. Mas a verdade é que, com o avanço da idade, aumenta a necessidade de cuidar da saúde e, consequentemente, gastar mais com isso.
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Não “jogue na cara” os erros do passado: De nada vai ajudar chorar sobre o leite derramado ou provocar brigas porque seu filho foi irresponsável por este ou aquele motivo. Aproveite o momento para recuperar a educação financeira que talvez tenha faltado no passado.
Mantenha seu filho calmo: ressalte que o momento é transitório. Isso ao mesmo tempo o tirará da zona de conforto – pois ele precisa voltar a caminhar com as próprias pernas – e o tranquilizará por saber que o mau momento não durará para sempre. Como prevenir
Realmente emergências financeiras podem acontecer a qualquer pessoa, mas muitas vezes elas são fruto de uma vida inteira de descontrole financeiro – é o caso do superendividamento. Quem tem filhos ainda pequenos ou adolescentes pode evitar isso investindo na educação financeira dos filhos desde cedo. “Educação financeira não é gasto, é investimento. Ela deve privilegiar o limite, para que a criança aprenda que não vai ter tudo que quer na hora em que deseja”.
Como incentivar seus filhos a serem responsáveis e tomarem suas próprias decisões desde pequenos.
1- Não ofereça ajuda à criança antes que ela peça: se ela está tentando pegar algo embaixo da cama com dificuldade, observe, mas não a ajude sem que ela tenha pedido.
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2- Trate o aprendizado e as responsabilidades como coisas positivas: a cada aniversário, reveja o que a criança aprendeu no último ano, como fazer a cama, escovar os dentes, amarrar os sapatos e estabeleça novas metas de aprendizado e responsabilidade para o novo ano que começa. Isso a ajuda a desenvolver autonomia e sentir prazer com isso.
3-Pergunte como seu filho pretende resolver o problema: para adolescentes e adultos, o melhor é se mostrar compreensivo e em seguida jogar a bola para ele, sempre que um problema surgir. Isso deixa claro que a responsabilidade por resolver é dele, não sua.