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Em 1999, o modelo de negócios do Walmart voava e suas megalojas levavam a falência pequenos varejistas pelo país inteiro. Sua receita anual era de US$ 138 bilhões. Nesta época, o Amazon começava a aparecer com uma receita anual mais tímida de US$ 1.6 bilhão. Só que em 2014, a receita do Amazon já havia multiplicado por mais de 50 vezes, batendo US$ 89 bilhões anuais, enquanto o Walmart viu sua receita apenas triplicar para US$ 486 bilhões. E apesar de todos os esforços e investimentos no mundo digital, apenas 2,5% desta receita do Walmart era oriunda do e-commerce.
O Walmart construiu um império baseado em 1 pilar: preços baixos. Já o Amazon construiu seu negócio nos 3 pilares do mundo digital moderno: Custos, Experiencia e Plataforma. Esse modelo permite feedbacks interativos entre clientes, auxiliando o desenvolvimento de produtos e a retenção que se torna cada vez mais valiosa a medida que o número de clientes cresce.
O Amazon investiu fortemente em eficiência de custo e hoje sua receita por funcionário é de US$623,000, quase 3 vezes a do Walmart. E, segundo um teste recente de James B. Stewart para o New York Times, Amazon ainda é mais barato que o Walmart em todos os itens e sua entrega mais rápida.
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Na guerra entre Walmart e Amazon os clientes já escolheram, mas o mercado também. Pela primeira vez na historia, o Amazon ultrapassou o Walmart em market cap com suas ações subindo 115% só esse ano, enquanto o Walmart viu suas ações depreciarem 33%.
Mas muitas vezes o caçador acaba virando caça. Ainda mais em um mundo digital aonde as lacunas são rapidamente preenchidas. A plataforma digital Jet.com, por exemplo, promete aos clientes o menor preço da internet (em geral de 10%-15% do mercado). O objetivo da empresa é criar uma melhor experiencia pros clientes, eliminando ineficiências e aumentando as opções.
A Jet utiliza algoritmos para criar vantagens de informação, agrupando produtos para criar eficiências no transporte, o que pode traduzir-se em custos mais baixos, e com mais escolha e flexibilidade no atendimento a demanda do cliente. Jet paga o preço cheio aos varejistas online e usa seus algoritmos para traduzir em tamanhos maiores cesta, permitindo aos clientes obter mais economia quando eles adicionam mais itens ao seu carrinho. Outro exemplo de melhora de eficiência é se o cliente não deseja retorno grátis, por exemplo, ele pode abrir mão dessa opção e economizar dinheiro.
A Boomerang Commerce, research especializado em e-commerce, estima que o Jet é mais baratos do que o Amazon em 81% dos itens, apesar da quantidade de produtos oferecidos ainda ser bem menor.
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Em suma, o investidor que escolhe comprar acoes do Amazon porque é um cliente satisfeito (o que é muito provável já que o Amazon tem os clientes mais satisfeitos do mundo), deve entender que o mercado também gosta, e muito, da empresa. Por isso o preço do papel subiu tanto. O desafio agora é encontrar o próximo “Amazon”.
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