Grendene: comentários sobre o robusto resultado do 4º trimestre de 2016

Grendene continua entregando resultados apesar da crise, estando pronta para a retomada do consumo.

João Paulo Reis

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

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A Grendene divulgou resultados do 4t16 bastante consistentes.

Apesar da crise que o país passou ao longo de 2016, a empresa continuou entregando resultados e preservando suas excelentes margens.(Margem Bruta 48,7% em 2016 versus 48,4% em 2015 e Margem Líquida de 31% em 2016 versus 27,4% em 2015) 

Em entrevista aos investidores, o diretor de RI reiterou a qualidade da gestão trazendo algumas informações relevantes que merecem destaque:

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 1)      A queda das exportações de mais de 29% foi forte. Porém, a empresa optou em não vender abaixo do preço que considerava vantajoso para ela (R$18 o par no 4t15 versus R$16,76 o para no 4t16). Isso mostra a maturidade e a excelência da administração. Se o preço, em função do câmbio, não for vantajoso para a rentabilidade não se vende. Clara demonstração de solidez financeira.

 2)      Caixa de R$1,568 bi. – Na crise todos dizem: O Caixa é Rei. Pois foi o que aconteceu neste ano para a Grendene. Rendendo em média 104% do CDI, gerou uma receita financeira que garantiu a rentabilidade do patrimônio líquido de 25% a.a. Excelente neste período de crise.

Na medida em que a economia retome o crescimento, a Grendene poderá usar este caixa para financiar seus clientes, e assim consolidar seu market share, ou mesmo aumenta-lo.

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 3)      Dividendos – Com um caixa tão relevante, a empresa vem distribuído dividendos neste período todo de crise estando entre as empresas que mais entregam resultados para os seus acionistas no Brasil.

4) Marcas – O Diretor de RI lembrou que cada uma das marcas da empresa vem se consolidando dentro de seus market share, dando destaque para a marca Ipanema, que se mantém na vice-liderança em sandálias de dedo, tendo apenas 15 anos de atuação, ganhando a cada ano mais mercado da líder.

 Diante desses destaques pinçados do último resultado, continuamos muito entusiasmados com a  empresa, que nunca deixou de entregar ganhos aos seus acionistas, se adaptando a qualquer circunstância de mercado.

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Até mais!!!

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João Paulo Reis

É gestor do Venture Value FIA, sócio da Biguá Capital desde o seu surgimento em 2006, acumulando experiência na seleção e análise das empresas listadas na Bolsa