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Mesmo que a taxa de desemprego tenha diminuído para 11,9% no mês de setembro, ainda são 12,5 milhões de brasileiros sem trabalho de acordo com os últimos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de renda também se reflete no grande número de inadimplentes – cerca de 63 milhões, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados neste mês de novembro. Diante deste cenário preocupante, as contas típicas de início de ano das famílias (IPVA, IPTU, material e rematrícula escolar), se não forem analisadas com cautela, podem causar um grande desequilíbrio no orçamento.
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Sabemos que quase todo mundo pode ser tecnicamente considerado um endividado, já que financiamentos de casa ou carro, compras no cartão de crédito são dívidas. Sempre gosto de dizer que ter dívidas é bom, mas desde que se tenha a capacidade de honrar com esse compromisso, para justamente não correr o risco de se tornar mais um inadimplente.
Financeiramente falando, terminar o ano bem já é um grande passo para iniciar 2019 bem, já que a grande parte das despesas fixas, como IPVA e IPTU, aparecem logo nos primeiros meses. Estando ciente disto, é possível inseri-las no orçamento financeiro anual e se programar, evitando ser pego de surpresa; isso é ser educado financeiramente, mudar o seu comportamento e hábitos a fim de ter uma vida financeira mais sustentável.
Para quem já está no estágio de ser um investidor, ou seja, criou um planejamento prevendo todas as despesas de cada período do ano, pode pensar em fazer uma reserva estratégica, fazendo assim o caminho inverso da maioria das pessoas, que gastam antes de guardar.
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Já para aqueles que não conseguiram se organizar durante o ano, não é motivo para desespero, já que sempre é tempo para se educar financeiramente. Aliás, por que não começar hoje mesmo? Faça um diagnóstico para descobrir em qual situação financeira você se encontra, anotando os gastos e vendo onde pode economizar. Feito isso é possível atingir a raíz do problema e não apenas a consequência, assim no segundo semestre será possível colocar em prática o que não foi possível agora. Lembrando que a mudança de costumes não acontece da forma rápida que imaginamos, portanto é preciso ter disciplina e força de vontade para fazer alguns sacrifícios em prol de um bem maior.
Recomendo que se evite ao máximo recorrer a limites de cheque especial, empréstimos e qualquer outra linha de crédito oferecida pelo mercado financeiro, isso porque sabemos que os juros são exorbitantes, o que pode tornar a dívida ainda maior. Tendo esse pensamento é possível dispor de recursos suficientes para poder pagar as despesas à vista e, é claro, negociar ótimos descontos. Eduque-se financeiramente e comece 2019 com mais tranquilidade.