Desarmados: o filme que George Soros não quer que você veja

Documentário desmistifica com exemplos, argumentos e dados a ideia de que nos países onde ocorreu o desarmamento da população civil, a violência diminuiu

Alan Ghani

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Desarmados é um documentário disponível no Youtube que trata sobre o i) direito das pessoas terem armas para se defenderem, ii) a falácia sobre desarmamento da população civil e redução da violência, e iii) o golpe sofrido na democracia brasileira, na qual a população votou majoritariamente pelo direito à posse de armas (referendo de 2005), mas viu sua escolha ser atropelada jurídica e sorrateiramente pelo estatuto do desarmamento.

O filme conta com a opinião de especialistas no assunto, entre eles, Bene Barbosa, autor do livro Mentiram muito para mim sobre o Desarmamento e também meu entrevistado no programa Economia e Política sem meias Palavras.

No filme, Bene Barbosa desmistifica com exemplos, argumentos e dados a ideia de que nos países onde ocorreu o desarmamento da população civil, a violência diminuiu, muito pelo contrário. Como exemplo, cita o Reino Unido, que proibiu a posse de armas, e a violência aumentou. Por outro lado, a Suíça tem uma legislação extremamente permissiva à posse de armas, e a violência é praticamente inexistente.

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Em artigo recente publicado no InfoMoney (aqui), tirei a correlação entre número de armas per capita da população civil x homicídios, e o resultado é que, na média, países onde a população está mais desarmada, os assassinatos são maiores. É evidente que correlação não é causalidade, mas é um bom indício para mostrar que o desarmamento da população civil não reduz a violência, muito pelo contrário. Claro, o bandido não deixará de ter uma arma só porque é ilegal. O desarmamento da população civil não acabará com o mercado ilegal de armas.

Um argumento recorrente pelos desarmamentistas é que a proibição de armas de fogo não visa à redução dos crimes cometidos pelos bandidos, mas reduzir os riscos de morte nas brigas entre vizinhos, e de trânsito. Alegam também que o brasileiro tem sangue latino e por isso sacaria uma arma por qualquer briga.

Os especialistas no filme desmontam essa hipótese com vários argumentos. Primeiro, a maioria dos crimes no Brasil não é passional, mas cometidos por bandidos. Segundo, o Uruguai e o Paraguai são bem menos violentos do que o Brasil, com uma legislação muito menos restritiva à posse de armas (ou será que o Paraguai não é um país latino?). Terceiro, quem puxa uma arma para brigar no trânsito já é bandido; provavelmente já é comprador no mercado ilegal.

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Quarto, o Brasil, antes de 1997, tinha uma legislação bem menos restritiva a armas de fogo, e a violência era muito menor (será que o brasileiro se tornou repentinamente mais passional?). Quinto, supõe-se que qualquer um poderia ter uma arma, sem preparo técnico e psicológico. Pelo contrário, aqueles que lutam contra o desarmamento da população civil defendem um mínimo de preparo para ter uma arma, assim como passamos por testes para dirigir, por exemplo.

Um dos pontos principais levantando no filme é o direito da pessoa de se defender. O direito à defesa de sua própria vida é um direito natural.  Esse direito é inclusive defendido por todas as religiões. O filme deixa muito claro que ser contra o desarmamento da população civil não é obrigar a pessoa a ter uma arma, mas dar o direito de escolha dela poder se defender. Esse direito de defesa individual é essencial por uma simples razão: a polícia não consegue ser onipresente em todas as situações. Na maioria das vezes, a polícia chega quando o crime já ocorreu.

Além disso, num país em que a população tem o direito de ter uma arma existe o efeito sinalização. O bandido pensará duas vezes antes de cometer um crime, pois tem um componente de incerteza (risco por definição): ele não sabe quem está armado ou não (como diria aquele filme, “bandido também tem medo de morrer”).

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Hoje, no Brasil, o marginal tem a certeza absoluta de que o cidadão está desarmado e que todas as pessoas ao redor dele também. O criminoso tem a certeza de que é uma abordagem quase sem risco. Pior: o bandido sabe que, mesmo capturado pela polícia, a lei será dócil com ele, as ONGs de esquerda irão defendê-lo, e a mídia condenará o bandido e afagará o criminoso na mais incompleta inversão de valores da sociedade moderna.

Mas infelizmente o direito à defesa começou a ser duramente cerceado a partir do governo FHC. Conforme o filme mostra, PT e PSDB entraram para valer na campanha pelo desarmamento em 1997. A campanha contou com o apoio de ONGs e artistas engajados (faziam aquele símbolo da pombinha, lembram?).

Mas o que o establishment não contava é com o esmagador NÃO da população pelo desarmamento. Numa votação maior que a de Lula e FHC, o povo votou maciçamente a favor do direito à posse de armas no referendo de 2005.  Embora a pergunta fosse sobre o direito à comercialização de armas, é evidente, por uma simples questão lógica, que quem votou pela manutenção do direito à comercialização era a favor da manutenção do direito de posse de armas.

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Como o establishment perdeu nas urnas, apelou para a burocracia e fez uma legislação tão restritiva ao porte de armas, que na prática o cidadão perdeu completamente o seu direito à defesa, conforme salientou Bene Barbosa no filme.

Se ainda tem dúvidas sobre o direito à defesa, à posse de armas, pense que todas as ditaduras, de Hitler a Stalin, de Lenin a Fidel, o que fizerem? Desarmaram a população civil. Por que será?

Por fim, faltou dizer que George Soros, o bilionário capitalista e globalista, patrocinador das ONGs que defendem abertamente as pautas esquerdistas (aborto, legalização das drogas, ideologia de gênero, etc.) também financia os movimentos desarmamentistas.

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A ONG “Sou da Paz” é apoiada pela Open Society Foundations (Fundação de Geroge Soros), conforme apontado pelo site Spotniks.  É evidente que uma população armada é uma resistência a qualquer projeto de controle absoluto da sociedade civil por um grupo bilionário (globalistas), mascarado pela palavra democracia. George Soros como um agente do globalismo, sabe disso.

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Alan Ghani

É economista, mestre e doutor em Finanças pela FEA-USP, com especialização na UTSA (University of Texas at San Antonio). Trabalhou como economista na MCM Consultores e hoje atua como consultor em finanças e economia e também como professor de pós-graduação, MBAs e treinamentos in company.