Assessoria de investimentos: como se destacar neste mar de oportunidades?

Embora o mar esteja repleto de oportunidades, é preciso saber tratar o cliente com toda a transparência possível, sem meia-volta

Jansen Costa

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As assessorias de investimentos passam por uma revolução. Quem quer sobreviver ao mercado, em meio a uma enxurrada de escritórios, precisa buscar uma atuação muito mais parecida com a estrutura oferecida pelos family offices. 

Não dá mais para segregar o cliente: o que ele tem em dinheiro investido e o que acumulou de bens. Sabemos que tudo se mistura de alguma forma e é preciso olhar para o todo na busca por um planejamento financeiro adequado.

Vale dizer que o perfil do cliente que busca a assessoria para organizar sua vida financeira também tem mudado. Não é somente o empresário, o milionário, o abastado de bens e de dinheiro que quer planejar sua vida financeira, tem uma camada que consegue poupar, mas não sabe o que fazer com os recursos, além de colocá-lo nos tradicionais CDBs dos bancões. Esse público também busca por uma assessoria profissional, quer saber como pode ganhar mais, medindo risco e retorno. 

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Não à toa, nos últimos anos, temos observado um movimento significativo de migração de muitos investidores pessoa física dos grandes bancos para corretoras de valores.  Esse movimento é resultado da busca por maior autonomia, transparência e rentabilidade em seus investimentos.

Embora o mar esteja repleto de oportunidades, é preciso saber tratar o cliente com toda a transparência possível, sem meia-volta. Isso passa por deixar claro como o assessor é remunerado: comissões? taxas fixas? É primordial também ser transparente sobre os riscos, custos e possíveis conflitos de interesse. Só assim o investidor se sente mais seguro e disposto a contar com a nossa ajuda. 

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Vale dizer que a confiança – aliada à performance, claro – é o que vai conduzir cada vez mais os relacionamentos entre clientes e assessores, especialmente com a criação de normas e regras que tornam a vida do investidor mais fácil. 

Um exemplo disso é o chamado “pix dos investimentos”, regulamentado recentemente pela CVM, que permite a portabilidade das aplicações financeiras. A partir de 1º de julho de 2025, o cliente vai poder autorizar o compartilhamento de seus dados financeiros e poderá transferir seus investimentos para onde irão oferecer o melhor custo e serviço – sejam bancos ou corretoras. No resumo da ópera, a novidade vai exigir que os assessores de investimentos estejam preparados para oferecer um serviço mais competitivo e transparente. Vai sobreviver quem souber oferecer um serviço de primeira. 

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Jansen Costa

Fundador da Fatorial Investimentos