Web 3.0, DeFi 2.0, Metaverso e NFTs: 4 temas de cripto para ficar de olho em 2022

Alguns dos principais pontos para se ficar de olho no mercado cripto nos próximos meses

Gustavo Cunha

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

(Crédito: Getty Images)
(Crédito: Getty Images)

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Divido aqui o que considero serem os grandes temas de cripto que não devem fugir do nosso radar em 2022:

1- Metaverso

Metaverso virou uma Buzz word tão logo o Facebook resolveu mudar seu nome para Meta.

Em um texto recente tratei da definição do que é metaverso e porque acredito que seu potencial de crescimento nos próximos anos é imenso.

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Tudo está muito no início ainda e fica difícil de se colocar parâmetros para ele. Questões como se será somente um Metaverso dominante, vários interoperáveis, ou o que atrairá as pessoas para ele, dentre outras, estão a cargo dos próximos anos para serem respondidas.

Do alto dos meus estudos e conhecimentos atuais, acho difícil termos um único metaverso, por outro lado deveremos ter sim um metaverso com participação majoritária.

Outro ponto que hoje não consigo ver é o desenvolvimento de um metaverso sem alguma forma de gameficação associada a ele. Não obrigatoriamente tem que ser um jogo (na definição dos jogos que temos hoje) mas na forma de funcionamento não vejo como conseguir atrair e manter a comunidade virtual sem alguma forma de gameficação, modelos de premiação etc.

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2- NFT

Se em 2021 os NFTs ganharam o mundo com iniciativas como o NBA top shot, bored gorilas, tokenização de ativos imobiliários, etc., em 2022 isso não tem por que parar.

NFTs, como já disse algumas vezes, é a criação de escassez em um mundo de abundância, gerando modelos de negócios que seriam inimagináveis sem eles. E por falar em inimagináveis, o próprio Vitalik Buterin, criador da rede Ethereum, declarou em seu twitter que NFTs foi um dos produtos da rede Ethereum que ele não previu que existiriam.

Outro ponto que corrobora essa visão é a rodada de captação (Série C) da Open Sea, maior plataforma de negociação de nfts, que ocorreu no dia 04-jan-22 e que a coloca com um valor de mercado de USD 13 bilhões. Ela foi criada em 2017.

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3- WEB 3.0

Ano de Metaverso e NFT não pode ser sem uma infraestrutura descentralizada para suportá-los. Mas web 3.0 é muito além disso, é uma forma de estarmos conectados em um ambiente virtual, gerenciado de forma autônoma, via DAOs, onde teremos a propriedade dos nossos ativos digitais.

O desenvolvimento de WEB 3.0 depende de uma infraestrutura de rede que está sendo construída e que tem a rede Ethereum como seu principal expoente.

Se tem uma coisa que 2021 mostrou é que em um ambiente de código aberto, se uma rede começa a ter dificuldades, logo, logo surgem outras para cobrir o espaço que ela não consegue ocupar. Tivemos inúmeras redes sendo criadas ou impulsionadas em 2021.

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A gestão da comunidade e número de desenvolvedores atraídos para essas redes são chave essencial para seu sucesso futuro e nesse sentido a rede Ethereum ainda continua dominante e acredito ser esse um dos principais fatores a ser observado.

4- DeFi 2.0

DeFi é um dos temas que mais adoro e que tenho dedicado bastante tempo para estudar e experimentar. Em 2021 isso ficou bem mais complexo devido às várias redes de blockchain criadas e consequentes aplicações de DeFi dentro delas, mas pouco vi de novidades em relação a produtos diferentes dos existentes no mercado financeiro tradicional.

Até o momento o grande desafio de DeFi tem sido o de replicar os produtos do mercado financeiro tradicional (empréstimos, investimentos, derivativos, produtos estruturados etc.). O que eu vejo nascendo e começando a ganhar tração agora são iniciativas que criam produtos que só podem ser viabilizados em DeFi e não mais no mercado financeiro tradicional. Iniciativas envolvendo Money streaming (streaming de dinheiro em uma tradução direta) são um bom exemplo disso.

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Além disso, a forma que o Olympus Dao conseguiu para se financiar, onde praticamente faz uma “emissão” de moeda lastreada, começa a me dar a sensação de que a fase de copiar o mercado financeiro tradicional está ficando para trás e realmente se inicia a fase de exponencialização de DeFi.

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Links utilizados e material adicional:

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Gustavo Cunha

Autor do livro A tokenização do Dinheiro, fundador da Fintrender.com, profissional com mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro tradicional, tendo sido diretor do Rabobank no Brasil e mais de oito anos de atuação em inovação (majoritariamente cripto e blockchain)