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Um país compatível com o Brasil: estamos juntos no bloco econômico dos Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e somos apontados como países em desenvolvimento – aqueles que contam com um padrão de vida entre médio e baixo, apesar do progresso econômico em ascensão.
Apesar das semelhanças quanto à situação econômica atual, a história e o modo de vida sul-africanos são bem distintos.
Confesso que o que vi foi muito diferente do que eu esperava, por isso compartilho hoje cinco coisas que eu aprendi na África do Sul:
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1 – Madiba
Madiba, como carinhosamente é chamado Nelson Mandela, é o símbolo de paz e reconciliação do país. Mesmo após ter ficado preso por 27 anos (!), saiu em busca da paz e fim do Apartheid.
Uma frase sua famosa é: “A educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo.”
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Fiquei encantada em conhecer mais sobre a sua história em uma mostra do Museu do Apartheid e já estou lendo livros dedicados a ele.
2 – Base econômica
Não tem jeito. Se eu vou viajar, quero logo saber do que o país vive e qual é a sua principal atividade. Então, fiz a pesquisa.
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Descobri que a economia por lá é bem diversificada, tendo como alicerce o setor de serviços, indústria, agricultura e extrativismo.
Dentro do setor de serviços, o destaque foi confirmado para o turismo (como não lembrar dos famosos safaris?). Além disso, o extrativismo, que é um tanto quanto polêmico, coloca o país como um dos maiores produtores mundiais de ouro e diamante.
3 – Vinho para alegrar
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Os vinhos são de excelente qualidade (já deu para perceber que eles me apetecem por este artigo aqui).
A combinação da elegância do Velho Mundo com o Novo Mundo é o que caracteriza os vinhos produzidos por lá.
Apesar de ser muito famosa, a Pinotage é uma uva odiada por muitos produtores pois é de difícil manejo e pode, facilmente, dar origem a vinhos de péssima qualidade. Para a nossa alegria, os sul-africanos aprenderam a lidar com esse novo tipo de uva e hoje há excelentes vinhos elaborados com essa variedade da fruta.
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Não deixe de conhecer as cidades produtoras, como Paarl, Stellenbosc e Franschhoek, uma coladinha na outra, entre várias vinícolas.
4 – Big Five mais um
Quem optar por fazer um safári, irá em busca do quinteto denominado “Big Five”, que são os Cinco Grandes animais africanos, o grupo composto pelo leão, o leopardo, o rinoceronte, o búfalo e o elefante.
Mas, além disso, existem (pasmem) ainda os pinguins africanos, que vivem em uma praia – você pode ficar bem pertinho deles, inclusive.
A conservação dos pinguins já superou vários desafios, como mudanças climáticas, diminuição de cardumes de peixes e um vazamento de óleo que colocou em risco grande parte da população.
Mesmo com tantos riscos à sobrevivência, os pinguins seguem bravamente e são uma atração imperdível em Simon’s Town, bem perto de Cape Town.
5 – Prejulgamento
O preconceito existe sim. Ainda que velado (e tantas outras vezes nem tanto), os reflexos do Apartheid ainda podem ser sentidos.
Nos restaurantes, quem serve ainda são os negros e quem consome, os brancos. E em outras tantas situações, ocorre o mesmo.
E, apesar de o país ter onze línguas oficiais, se você reparar bem, observará que até a língua falada é diferente. Os brancos costumam falar africâner, enquanto os negros optam pelas línguas originadas das tribos dominantes.
Um paralelo econômico
Como não poderia ser diferente (uma vez que o nosso assunto aqui são investimentos), tracei um paralelo de cada um desses pontos com o seu dinheiro.
Na hora de cuidar de seu rico dinheiro, todo o cuidado é pouco. Por isso, tenha bons líderes para te guiar em sua jornada com a educação (financeira) como um dos pilares, assim como a África do Sul fez com Mandela.
Sem esquecer de uma boa diversificação de seus investimentos, à moda sul-africana. Nada de depender em encontrar um diamante escondido (aquela ação que irá te deixar rico), considere doses equilibradas de cada item.
Mas dá para alegrar também: se você gosta de um bom vinho, não deixe de adicioná-lo. Mas tem que deixar na mão de quem sabe o que está fazendo. Cada uva demanda um cuidado especial na produção do vinho (reparou que nem todos sabem lidar com a Pinotage?).
Então, lembre-se disso na hora de escolher um bom fundo de investimentos, por exemplo. A escolha do gestor deve ser um de seus critérios principais, afinal, será que ele entende mesmo o manejo necessário para investir em determinados ativos? A dica vale em especial para os fundos multimercado que oferecem maior liberdade aos gestores – para estragar a harmonização é muito fácil.
Agora, não se esqueça que em sua trajetória como investidor é bem provável que passará por algumas turbulências e oscilações de valores (na renda variável e também na fixa). Mas se os pinguins sobrevivem a tantos reveses e têm lugar cativo na África, com você e seu dinheiro não será diferente. Com os devidos cuidados, tudo fica bem.
Por fim, para as suas finanças, você pode até ter algum prejulgamento em relação a alguma aplicação – tem trauma do investimento em ações? Mas não sei deixe levar e nem torça o nariz. Não deixe de pesquisar um pouco mais sobre o assunto e encarar sem preconceitos alternativas interessantes para ganhar mais.
Extra: caso você vá para Cape Town, muita atenção aos horários, já que por lá o comércio costuma fechar bem cedo, às 18h. Muito planejamento para não perder nenhuma atração – e isso também vale para o seu dinheiro. E para te ajudar na organização e planejamento dos seus investimentos, pode contar comigo e com o time da Levante.