Como fazer o check-in dos tickers que vão embarcar na sua declaração do IR

Os ativos de Bolsa ganharam campo específico na declaração – e com preenchimento obrigatório

Alice Porto

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B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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Não é de hoje que incorporamos em nosso vocabulário cotidiano palavras e expressões em inglês. A palavra check-in é uma que já se incorporou ao nosso dia a dia e possui uma origem interessantíssima.

Conforme o site “palavra.com.br” ela vem de “shah”, “rei” em persa, o nome dado à peça de xadrez. Essa palavra virou “scaccus” em latim – e nomeou também o jogo. A palavra latina se transformou em “check” em inglês, nomeando o aviso dado quando o rei do adversário está em perigo no xadrez. E dessa conotação de “parar, restringir, controlar” surgiu “check-in”, o ato de verificar se a passagem está em ordem.

O check-in também está presente na declaração do Imposto de Renda. Conforme você tem acompanhado por aqui, o IR deste ano passou por ajustes, que vão desde conceitos que envolvem análises mais detalhadas do contribuinte até novos requisitos obrigatórios de declaração, passando por novas funcionalidades no programa de declaração.

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No artigo de hoje, vamos falar de uma nova funcionalidade que pode ser classificada como uma benfeitoria de organização no programa de declaração deste ano.

Agora, os ativos de Bolsa, também conhecidos como “tickers”, passam a ser organizados de maneira específica no menu “Bens e Direitos” → Negociado em Bolsa → Código de Negociação. Importante ressaltar que, no programa de declaração, você não irá encontrar um campo denominado “ticker”, mas sim “Código de Negociação”. Ou seja, é neste campo que será informado o “ticker”.

Lembrando que o “ticker” é o código utilizado na Bolsa de Valores para indicar e negociar um ativo em específico. Em outras palavras, um “ticker” é uma abreviação do nome do ativo para facilitar tanto a sua identificação quanto a sua operação no mercado.

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A informação do “ticker”, que antes era detalhada no campo “discriminação” de forma genérica e que poderia contemplar outros tipos de informações, passa a ter seu próprio campo – e ele é de preenchimento obrigatório. A princípio, ele remete a uma melhor organização no preenchimento dos ativos de Bolsa, facilitando a sua discriminação e visualização. Um dos benefícios de toda a organização é que fica mais fácil encontrar o que se precisa de forma rápida.

Estamos a cerca de 52 dias do fim da janela da declaração do IR 2023 e, ao que parece, a Receita está pedindo que os passageiros façam o check-in de todos os tickers que vão embarcar na sua declaração com marcação de assento antes do embarque.

E você, já fez o seu check-in?

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Não deixe de ler os artigos anteriores nos quais abordo de forma específica todas as mudanças do IR 2023, desde análise dos critérios e obrigatoriedade da declaração até regras ocultas que te obrigam a declarar e fique livre das surpresas, sustos e toda TPD (Tensão Pré-Declaração)! Te vejo na próxima semana.

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Alice Porto

Founder e CEO do Grupo Contadora da Bolsa, é especialista em tributação para investidores de Bolsa brasileira e americana