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A palavra Serendipismo se origina da palavra inglesa Serendipity, criada pelo escritor britânico Horace Walpole em 1754, a partir do conto persa infantil Os três príncipes de Serendip. Esta história de Walpole conta as aventuras de três príncipes do Ceilão, atual Sri Lanka, que viviam fazendo descobertas inesperadas, cujos resultados eles não estavam procurando realmente.
Graças à capacidade deles de observação e sagacidade, descobriam “acidentalmente” a solução para dilemas impensados. Esta característica tornava-os especiais e importantes, não apenas por terem essa habilidade de serem excelentes observadores e ágeis no raciocínio, mas por terem a mente aberta para as múltiplas possibilidades.
Uns chamam de “nascer predestinado”, outros de “sorte”, outros de “insight”, mas o fato é que queremos racionalizar e justificar tudo o que nos acontece, ainda que não entendamos sobre como alguns eventos acontecem em nossa vida, já que nosso cérebro trabalha por associação e tende a interpretar situações da mesma forma como se monta um quebra-cabeça.
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Acreditar que “acasos felizes” acontecem apenas porque o “destino quis” ou porque “por sorte” aconteceu é confortável, mas também nos põe em uma condição passiva, de espera e nos faz acreditar que de nada valeram as nossas escolhas de vida ou os nossos esforços, pois seremos separados entre a turma dos sortudos e a turma dos azarados.
A serendipidade ou “acaso feliz” acontece quando se está atento a oportunidades, quando se observa o mundo à sua volta e quando se mantém a mente aberta para perceber que as pontes construídas ao longo da vida podem abrir um leque de novas possibilidades e levar as pessoas a lugares que nunca imaginariam ir; a cruzar o caminho de pessoas que jamais pensariam conhecer ou, como já disse Leo Buscaglia, a “ter ideias que nunca foram pensadas”.
Não é destino e nem sorte quando uma pessoa busca algo intensamente, dedica e investe seu tempo e energia, seja em cursos, leituras, conversas com amigos, pesquisas, etc para ir em busca de seus objetivos maiores e, entre essa busca e seus objetivos, no meio do caminho, o “acaso” acontece.
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É “por acaso” que muitas histórias de amor se iniciam, muitas descobertas são feitas, novas parcerias surgem.
A melhor parte da serendipidade é que ela sempre nos pega tão distraídos e acontece de forma tão rápida que nos deixa naquele estado de profundo êxtase com um misto de incredulidade: “O que eu fiz para merecer tudo isso?” ou “ Você não vai acreditar quem me contatou.”
“Embora acidentais, esses encontros e descobertas só aparecem porque buscamos. A pessoa provoca esses resultados, mesmo que de forma indireta”, diz Jacob Pétry (autor de “O óbvio que ignoramos”).
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Para ele, você apostar na mega sena e acertar é um “acidente positivo”, que você criou. “Sorte é você estar distraído andando na rua e pisar numa coisa estranha, olhar e ver que é uma pepita de ouro. Você não fez nada para ela aparecer, mas isso causou um grande impacto na sua vida.”
Mas já que sorte é muito mais um estado mental favorável criado pelas pessoas que acreditam serem sortudas, é bem verdade que as pessoas que se consideram sortudas aproveitam melhor as oportunidades, já que acabam vendo oportunidades onde os outros não veem e, por isso, as detectam mais facilmente. Seguindo nessa linha, o mesmo vale para quem diz ter má-sorte.
O mais importante é se conscientizar de que nunca teremos controle total sobre onde nossas escolhas de vida poderão nos levar, mas saber que, certamente, cada vez que realizamos uma escolha abrimos inúmeras outras possibilidades de movimentos em torno dela e o elemento surpresa – sobre onde cada escolha realizada poderá nos levar – é o que torna a vida mais emocionante.
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Que a serendipidade seja uma constante em sua vida.
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