Dona do WhatsApp cria batalhão com 200 advogados na reta final das eleições no Brasil

Profissionais vão atender eventuais pedidos de juízes pelo país por causa da campanha eleitoral

Reuters

Aplicativo do WhatsApp (Divulgação)
Aplicativo do WhatsApp (Divulgação)

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A dona do WhatsApp montou um batalhão de 200 advogados para atender eventuais pedidos de juízes pelo país na reta final da campanha eleitoral brasileira. Com isso, a Meta se prepara para enfrentar eventuais decisões e consultas.

“Temos uma equipe de 200 advogados para atender justiça eleitoral”, disse à Reuters o chefe de políticas públicas para o WhatsApp no Brasil, Dario Durigan.

Aplicativo de mensagens mais usado do país, o WhatsApp ganha ainda mais atenção pública em anos de eleição, como o atual, dada a crescente busca do serviço para disseminação de notícias falsas, mas também de decisões judiciais.

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Diferente de mídias sociais como Facebook e Twitter, o WhatsApp não faz moderação de conteúdo das mensagens compartilhadas na sua plataforma, afirmando que elas são protegidas por criptografia.

No entanto, todas as mídias sociais têm sido cobradas a fazer mais para evitar a disseminação de discursos de ódio e a veiculação de notícias falsas.

Há cerca de duas semanas, o aplicativo esteve no foco de uma polêmica, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizar buscas da Polícia Federal contra empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que, segundo uma reportagem do site Metrópoles, pregavam num grupo de WhatsApp um golpe de Estado se Bolsonaro perdesse a eleição.

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Segundo o chefe de políticas públicas para o WhatsApp no Brasil, Dario Durigan, como as mensagens da plataforma são protegidas por criptografia, o caminho que a empresa tem tomado para tentar coibir a desinformação é evitar o disparo massificado de mensagens, um dos meios mais frequentes para a disseminação de notícias falsas.

Numa frente, o aplicativo usa mecanismos para identificar e fechar contas automáticas. “Nós fechamos todo mês cerca de oito milhões de contas automáticas”, disse ele à Reuters, referindo-se a dados globais.

O WhatsApp também tem limitado o encaminhamento de mensagens por meio de grupos, disse ele, e entrado com ações judiciais para pedir o banimento de empresas especializadas no envio de disparos de mensagens em massa.

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Combate à desinformação

Nesta segunda, o WhatsApp ampliou uma parceria lançada em abril com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para checagem de informações veiculadas na plataforma, à medida que crescem preocupações de disseminação de notícias falsas antes das eleições de outubro no Brasil.

O serviço é disponível para usuários da mídia social conectados ao número do TSE na plataforma (61) 99637-1078, contato para o qual poderão compartilhar mensagens recebidas com informações ligadas ao processo eleitoral.

O TSE então divide a consulta com quatro agências de checagem de informações — AFP Checamos, Agência Lupa, Aos Fatos, Estadão Verifica —, que então conferem e devolvem a resposta, depois repassada ao solicitante.

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“Em vez de ter esforços divididos, uma checagem unificada pode ajudar melhor no enfrentamento à desinformação”, disse Durigan.

O serviço de conferência de informações amplia um acordo do WhatsApp com o TSE, lançado mais cedo neste ano, por meio do qual os usuários já podiam conferir informações pré-checadas.

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