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SÃO PAULO – Abraham Lincoln deixou um grande legado como presidente norte-americano. Seu nome está em alta devido ao filme recentemente lançado nos cinemas e que ainda se encontra em cartaz. Uma matéria publicada no jornal norte-americano The New York Times afirmou que executivos, empresários e outros profissionais do mundo dos negócios deveriam se voltar mais à história deste personagem. A publicação sugere algo como uma “Escola Lincoln de Gestão”.
O longa, que relata a luta de Lincoln durante um dos piores momentos da história dos EUA – a Guerra Civil, é um exemplo a ser transferido para os negócios. Segundo o New York Times, vários CEOs e professores têm buscado inspiração para suas vidas, sob observação da trajetória de Lincoln.
Segundo relatou um consultor estratégico ouvido pelo jornal, Ari Bloom, “na hora de começar seu próprio negócio, nada te prepara para os altos e os baixos do seu lado emocional”, diz ele, complementando que sempre haverá obstáculos grandes e pequenos. Problemas ocorrem diariamente, desde questões pessoais até atrasos de distribuidores, falta de pagamentos ou até furacões. “Lincoln passou por situações assim, mesmo com muita gente discordando dele”, afirmou Bloom ao New York Times.
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Apesar de tanta gente discordar dos rumos que Lincoln queria dar à libertação do país, ele persistiu, e ainda com seus níveis de depressão aumentando, ele traçou metas e se comprometeu a libertar os Estados Unidos da escravidão e, assim o fez.
Veja alguns exemplos da vida de Lincoln que podem ser facilmente relacionados aos aspectos da vida corporativa:
Equilíbrio emocional
Durante a guerra, Lincoln também enfrentou a morte de um filho seu de 11 anos, além de uma profunda depressão que afetou tanto ele, quanto sua mulher. Apesar disso, o presidente manteve seu objetivo fixo.
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Persistência
Em meados de 1862, o número de voluntários para o exército caiu bastante e sob severas críticas dos meios de comunicação da época, os abolicionistas ficaram frustrados com a situação. Embora mergulhado em todo este risco de uma “falência” do governo, Lincoln persistia ao passo que ia elaborando suas metas.
Paciência
Segundo a reportagem do New York Times, nos dias de hoje é crucial que o bom líder tenha paciência. Como vivemos em um ambiente repleto de ferramentas de comunicação, é difícil se controlar e evitar a turbulência das decisões instantâneas. Lincoln soube ter paciência. “Se o e-mail existisse na época dele, a história poderia ter tomado um rumo pior”, conta a publicação.
Ouvir os demais
Segundo o New York Times, Lincoln aceitou o conselho de um de seus secretários para esperar pela vitória antes de proclamar a emancipação norte-americana, pois assim ficaria descartada a possibilidade de tal feito ter sido realizado numa atitude de desespero político. Além disto, Lincoln ouvia todos os lados, fossem eles em acordo ou não com seus ideais.
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Importância dos Stakeholders
Abraham Lincoln se dirigia até os locais de batalha para ouvir dos próprios soldados sobre a situação da guerra nos EUA para assim tomar as melhores atitudes; o então presidente também atendia às solicitações de cidadãos em seu escritório.
O “sucesso compartilhado”
De acordo com o que relatou o CEO do Starbucks, Howard Schultz, ao jornal, o presidente ensinou que se você é um líder empresarial, um empresário ou até um funcionário do governo, ”sua principal responsabilidade é servir a todas as pessoas”, excluindo assim qualquer espaço para preencher o auto-interesse. “Lincoln sabia que o sucesso é melhor quando compartilhado”, contou o CEO.