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Brasileiros interessados em trabalhar no exterior tem um destino quase certo: Portugal. Não que sejam muitos, cerca de 16% da população, se for para morar em outro país. Agora, se a oportunidade de trabalhar para uma companhia estrangeira for remota, com a possibilidade de continuar vivendo no Brasil, aí os interessados sobem para 78%.
Os dados são da pesquisa “Decodificando o Talento Global 2024”, da consultoria Boston Consulting Group (BCG). Foram entrevistados 5.539 profissionais brasileiros, com idades entre 20 e 50 anos, no ano passado.
Portugal foi o destinado mais buscado por brasileiros em 2023 e em 2020, quando a última edição da pesquisa havia sido feita. Mas o relatório da BCG não indica a percentagem dos entrevistados que escolheram o país europeu.
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Considerando entrevistados de todo o mundo, a principal escolha de país para se trabalhar no exterior foi a Austrália, seguida por Estados Unidos e Canadá. Portugal não entra no top 10 global.
Para Santino Lacanna, sócio do BCG, a escolha dos brasileiros está relacionada com fatores como cultura e sentimento de pertencimento, dado o histórico do país com o Brasil. No panorama internacional, Lacanna aponta o bom momento da Austrália no cenário global.
“A Austrália está emergindo como novidade no cenário de mobilidade internacional devido ao seu momento econômico interessante, uso predominante do inglês e busca por talentos qualificados, além de ser percebido como um país de alta qualidade de vida”, diz o sócio da consultoria.
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Depois de Portugal, as escolhas dos brasileiros são mais alinhadas com a do resto do mundo: Estados Unidos, Canadá, Austrália e Itália completam o top 5.
Só se for remoto
Em 2020, em meio à pandemia, 70% dos brasileiros responderam estar dispostos a morar e trabalhar no exterior. Três anos depois, esse número caiu para 16% – metade dos interessados antes da pandemia, em 2018, quando eram 33%.
A média global dos profissionais que fariam essa transição foi de 23% em 2023.
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Os números mudam de acordo com a profissão dos brasileiros. Profissionais da área de sustentabilidade são 50% mais suscetíveis à mudança, seguidos pelos profissionais de tecnologia e engenharia, com 30% e 27%, respectivamente. As áreas menos interessadas são de finanças e da saúde, com 8% e 9%, nessa ordem.
Entretanto, quando a possibilidade se abre para trabalhar remotamente para uma empresa sediada no exterior, 78% dos brasileiros afirmam ter interesse – um número menor do que o observado na pandemia (82%), porém maior do que a média global em 2023 (66%).
Os principais motivos dos brasileiros para realocação são: (76%) carreira profissional, (75%) evolução pessoal e (73%) melhor qualidade de vida.
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Já os motivos que dificultam esse movimento são: (41%) pouco informação sobre trabalhar no exterior, (39%) não conseguir levar familiares junto e (34%) dificuldades com o idioma.
Para onde brasileiros vão:
- Portugal
- EUA
- Canadá
- Austrália
- Itália
- França
- Espanha
- Alemanha
- Argentina
- Reino Unido