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Avanços e desafios seguem lado a lado quando o tema é a inclusão de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho. Ao menos foi essa a conclusão do levantamento da Coexistir, consultoria especializada em diversidade e inclusão.
Divulgada com exclusividade ao InfoMoney, a pesquisa contou com a participação de 245 visitantes, que estiveram na 19ª Reatech – Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação, e buscou avaliar as dificuldades, oportunidades e perspectivas de inclusão no ambiente corporativo.
Entre os entrevistados, mais da metade (55%) são mulheres. Já em relação aos tipos de deficiência, a física é a mais recorrente (93% cadeirantes), seguida pela auditiva (27%), intelectual (24%), visual (11%) e pelo transtorno do espectro autista (2%). A faixa etária predominante é de 30 a 40 anos (30%), e 28% têm mais de 50 anos. No quesito escolaridade, 61% possuem ensino médio completo, enquanto 22% têm ensino superior.
Olhando para a realidade de trabalho dessas pessoas, 52% dos entrevistados estão desempregados, enquanto 41% mantém algum tipo de ocupação como: funcionários de empresas privadas, autônomos, funcionários públicos, ou microempreendedores individuais (MEI). O setor de Comércio é o maior empregador (29%), seguido por Serviços (25%) e Indústria (8%).
Desafios e inclusão no ambiente de trabalho
Ainda assim, a pesquisa da Coexistir mostrou que os profissionais PcDs encontram obstáculos no ambiente corporativo: 64% nunca foram promovidos, e 63% relataram ter sofrido discriminação no trabalho. A maioria deles ocupam cargos operacionais ou administrativos, e 47% recebem até um salário-mínimo.
Por outro lado, o levantamento destaca que, entre os que estão empregados, 79% conhecem a Lei de Cotas para PCDs. Inclusive, a maioria (58%) ingressou em suas empresas atuais por meio dessa legislação. Além disso, 65% avaliam como boa a relação com suas chefias imediatas, e 66% consideram a convivência com colegas positiva. Adaptações no ambiente de trabalho para atender às necessidades foram realizadas em 58% dos casos, e 70% participam de atividades de desenvolvimento oferecidas pelas empresas.