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SÃO PAULO – “Por que eu deveria contratá-lo?”. Esta é uma pergunta simples, que deveria estar na ponta da língua de muitos candidatos a uma vaga de emprego, mas que, ao contrário disso, acaba por eliminá-los.
De acordo com a consultora de RH da Catho Online, Gláucia Santos, quando o selecionar faz esta pergunta, é chegado o momento de o profissional se vender. “Ele deve mostrar conhecimento e suas qualidades”, afirmou.
Por que eu deveria contratá-lo? “Responda: porque já tenho experiência na área, formação suficiente para ocupá-la, sou criativo e posso ajudar com a vivência que possuo. Foque no conhecimento teórico e prático”. Agora, quando for citar uma característica pessoal, a embase com exemplos, o que significa falar de experiências para comprová-la. Caso contrário, o discurso fica vazio.
E quando não há experiência?
No caso de um estagiário, por exemplo, fica difícil falar de experiências passadas, uma vez que esta pode ser a primeira oportunidade de emprego da vida do jovem profissional. Por isso, foque em seus conhecimentos e características típicos de um estudante.
Por que devo contratá-lo? “Diga: porque tenho criatividade e posso trazer coisas novas para a empresa; tenho interesse em aprender, adquirir conhecimento; e contribuir para a empresa”, explicou Gláucia.
O que não falar
Sempre selecione suas características de acordo com o que a vaga precisa, para não se perder em seu discurso. “Precisa ser direto”, ressaltou a consultora.
Questionada sobre o que uma pessoa não deve dizer, de maneira alguma, a consultora citou uma dificuldade financeira ou um problema pessoal.
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Pergunta é um bom sinal
Quando faz este tipo de pergunta, Gláucia explicou que o selecionar tem como objetivo analisar como o profissional se vende, se enxerga e como coloca para os outros as suas qualidades. “Ele quer saber se a pessoa tem persuasão, como se qualifica e se tem desenvoltura”. Se a pessoa se mostrar receosa, pode ser eliminada.
Isso porque, de acordo com a consultora, a pergunta, muitas vezes, é usada como critério de desempate e, por isso, o profissional deve saber qual o seu diferencial. “Se o selecionador faz a entrevista e vê que a pessoa não atingiu os requisitos, dificilmente esta pergunta será feita. Ela é xeque mate. Aparece para quem teve um bom desempenho. É um bom sinal”, finalizou.