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SÃO PAULO – Um hábito muito comum entre as pessoas bem-sucedidas é a leitura. E Bill Gates não é exceção. O bilionário fundador da Microsoft diz que lê cerca de um livro por semana, ou algo em torno de 50 obras por ano.
Sua diligência como leitor fez de Gates uma fonte confiável de recomendações de livros. Frequentemente, ele publica uma lista de livros em seu blog, Gates Notes. Na última segunda-feira (20), o empresário selecionou cinco títulos recomendados para as férias de verão, que estão para começar no hemisfério norte.
Gates alerta que nenhum dos livros oferece uma “leitura leve”. Por ora, apenas um dos títulos foi publicado em português.
Confira:
“Upheaval”, de Jared Diamond (Convulsão, em tradução livre)
A premissa do livro de Jared Diamond é que crises pessoais, como perder um ente querido, podem ensinar lições valiosas para as nações também. Usando táticas individuais de solução de problemas, Diamond desenvolve 12 fatores para ajudar os países a enfrentar grandes desafios.
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O livro foi criticado recentemente pelo The New York Times, que argumentou que os estudos de caso de Diamond estavam repletos de imprecisões e adaptados para atender a sua estrutura específica.
Mas Gates discorda. “Admito que a princípio achei que seria um pouco estranho usar um modelo de crise emocional de uma pessoa para explicar a evolução de sociedades inteiras. Mas não é nada estranho; é revelador”, afirmou o bilionário.
“Nine Pints”, de Rose George (Nove pintas, em tradução livre)
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O livro conta a história de uma mulher com transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), uma condição que provoca dor severa e problemas comportamentais antes do período menstrual. O livro mostra como algumas sociedades são precárias quando se trata de fornecer condições de saúde e segurança para a mulher, e também discute maneiras novas de diagnosticar esse tipo de problema através de exames de sangue.
“The Future of Capitalism”, de Paul Collier (O Futuro do Capitalismo, em tradução livre)
“O Futuro do Capitalismo” identifica três grandes divisões em nossa sociedade moderna: cidades x cidades pequenas, cidadãos com educação universitária x aqueles sem ensino superior, e países mais ricos x estados frágeis. Com base nesses problemas, Collier ajuda a conceber uma solução para uma versão mais justa do capitalismo.
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Gates afirma que, embora concorde com Collier sobre os cidadãos precisarem se sentir obrigados a ajudar uns aos outros, não acredita que as empresas se ofereceriam para melhorar suas comunidades.
“Quando queremos que as empresas ajam de certa forma – por exemplo, para reduzir a poluição ou pagar uma certa quantia de impostos -, acho que é mais eficaz que o governo tenha leis”, afirmou o bilionário.
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“Presidents of War”, de Michael Beschloss (Presidentes da guerra, em tradução livre)
Gates conta que muitas vezes se questionou como teria agido se tivesse se apresentado para uma guerra. “Eu teria coragem? Como muitas pessoas que não serviram, tenho minhas dúvidas”, diz.
Essas perguntas levaram Gates a escolher “Presidentes de guerra”, de Michael Beschloss, um relato de como os presidentes dos EUA lidaram com grandes conflitos desde a virada do século XIX até a década de 1970.
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Gates disse que o livro ensinou que cada guerra está ligada à uma anterior. Ele diz que também aprendeu como seus presidentes favoritos, como Abraham Lincoln, foram impactados pela angústia durante o período de guerra.
“Um cavalheiro em Moscou”, de Amor Towles
Essa obra é a única de ficção da lista, mas inspirada em eventos históricos. O livro conta a história de um russo condenado a prisão domiciliar no Hotel Metropol, em Moscou, após a Revolução Bolchevique.
O livro foi publicado em 2016, mas Gates só leu depois que ganhou de seu cunhado recentemente. Ele acredita que todos os leitores vão gostar dos “detalhes peculiares” de Towles e do enredo.