Famílias gastam até R$ 2,8 mi em consultoria para admissão em universidades nos EUA

Para ter uma vantagem nas admissões universitárias, algumas famílias não hesitam em gastar altas quantias em consultores privados para os filhos

Equipe InfoMoney

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Com a competitividade cada vez maior nas admissões universitárias, algumas famílias estão dispostas a gastar somas exorbitantes em consultores privados para garantir a entrada de seus filhos nas melhores instituições de ensino dos EUA, como as da chamada Ivy League, grupo que reúne Harvard, Princeton, Yale e Columbia, entre outras.

Na Command Education, em Nova York, por exemplo, os serviços de consultoria custam US$ 120 mil (R$ 683 mil) por ano, o que pode resultar em um investimento total de cerca de US$ 500 mil até a formatura do ensino médio.

Segundo Thomas Howell, fundador da Forum Education, em entrevista ao site da CNBC, “as admissões universitárias só ficam mais competitivas e há muita pressão das famílias sobre como conseguir a vaga desejada”.

Com o preço de algumas faculdades particulares se aproximando de seis dígitos anuais em dólares, muitos estudantes estão optando por instituições públicas mais acessíveis ou alternativas ao diploma. No entanto, para aqueles que buscam uma educação em uma faculdade particular de quatro anos, a crença é de que o investimento vale a pena.

“A proposta de valor da educação superior está se dividindo”, afirma Howell, ressaltando que, atualmente, é “top 20% ou nada” para muitos candidatos.

A demanda por consultoria de admissões universitárias tem crescido, especialmente após a pandemia, que aumentou a necessidade de apoio acadêmico. Howell relata que os preços dos serviços aumentaram cerca de 30% ao ano, com tutores cobrando até US$ 1.250 (R$ 7.000) por hora.

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A maioria dos estudantes atendidos por sua empresa vem de escolas particulares de Nova York, com rendas familiares superiores a US$ 1,5 milhão (R$ 8,5 milhões). Em média, essas famílias gastam cerca de US$ 38 mil (R$ 216 mil) por ano em tutoria, além da consultoria para admissões.

Embora muitas escolas ofereçam gratuitamente serviços de orientação e tutoria, a relação aluno-conselheiro é frequentemente desfavorável, com uma média nacional de 405 alunos para cada conselheiro. Isso cria uma vantagem para aqueles que podem pagar por assistência externa.

Uma pesquisa indica que crianças de famílias na faixa 1% mais rica têm mais do que o dobro de chances de serem aceitas em faculdades da Ivy League em comparação com estudantes de classe média com pontuações semelhantes no SAT ou ACT.