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SÃO PAULO – Os executivos brasileiros estão entre os mais satisfeitos com a qualidade de vida, segundo revela pesquisa realizada pela Robert Half, empresa focada em recrutamento especializado.
De acordo com o estudo, no Brasil, 36% dos executivos consideram a qualidade de vida boa, sendo que, quando somadas as alternativas boa e balanceada, o percentual sobe para 92%.
Em Luxemburgo, o percentual de executivos que consideram a qualidade de vida boa é de 59%, enquanto que, na Itália e na Holanda, 76% dos entrevistados classificam a qualidade de vida como balanceada. Os austríacos, por sua vez, são os que julgam ter a pior qualidade de vida, com quase um terço dos respondentes considerando pobre o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
O levantamento ouviu 2.525 executivos das áreas de finanças e recursos humanos com responsabilidade de recrutamento, em 11 países: Áustria, Bélgica, Brasil, República Checa, Dubai, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Suíça e Holanda.
Desenvolvimento
Quando o assunto é a busca por um novo emprego, entretanto, a qualidade de vida não ocupa o primeiro lugar entre os brasileiros, apesar de ser o principal quesito de desempate entre duas propostas com igual remuneração e pacote de benefícios globalmente.
Por aqui, o item recebeu 32% das respostas, contra 37% da média mundial . No Brasil, o principal motivador para transição de emprego é o desenvolvimento na carreira e maiores responsabilidades (34%).
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Em terceiro lugar, aparecem empatados com 10% das respostas o apoio à formação e aprendizagem e a reputação/ marca da empresa . Em seguida, estão o relacionamento com o novo chefe e equipe (7%), oportunidade de trabalhar fora do país (6%) e maior número de folgas (2%).
Gestão de talentos
O estudo da Robert Half trata ainda da gestão de talentos. De acordo com o levantamento, metade dos participantes brasileiros aponta que suas empresas possuem um programa de gestão de talentos ativos, enquanto na média mundial 52% dizem não possuir um programa efetivo.
Apesar dos programas de gestão de talentos focarem no desenvolvimento de profissionais da própria empresa, no Brasil e na Itália, há a preocupação com a atração e contratação de talentos, o que, por aqui, se explica pelo bom momento econômico.
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“O Brasil vive um momento peculiar de mercado altamente aquecido. Por essa razão, as empresas precisam manter os melhores talentos e ao mesmo tempo ter fôlego para novas contratações”, explica o diretor da Robert Half para a América Latina, Ricardo Bevilacqua.
No momento de escolher o principal critério de definição de um profissional com alto potencial nas empresas, o estudo aponta que as habilidades técnicas (21%) e mentalidade inovadora (20%) são os destaques na média mundial. No Brasil, as características mais valorizadas são: lealdade e dedicação, com 26% das indicações.