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SÃO PAULO – Gerir pessoas não é uma tarefa fácil. Ser um bom líder muito menos. E para uma empresa crescer é preciso ter profissionais capacitados para assumir responsabilidades e desafios, acredita Josué Bressane, sócio-diretor da Falconi Gente. Ele diz que aplica e orienta que os clientes da consultoria de gente e gestão usem um método bastante eficaz para conseguir tirar de cada profissional o melhor que ele pode oferecer para sua empresa.
O chamado Xadrez de Gente basicamente é um sistema que coloca as pessoas certas nas posições certas de uma empresa. É um banco de dados de profissionais bons. “É um processo. Começamos basicamente avaliando duas vertentes: a comportamental e a de metas. Em um gráfico, cada uma é respectivamente o eixo x e o eixo y e a resultante nos mostra a performance do funcionário. É assim que descobrimos nossos talentos”, explica Bressane.
A vertente comportamental representa a personalidade, as características e os valores do profissional. Enquanto o eixo y representa resultados, ou seja, se o profissional bate suas metas e alcança os números designados a ele. “Fazendo esse gráfico nós encontramos quem está gerando mais valor para a companhia: quem bate as metas, quem está alinhado com a cultura da empresa, quem tem as duas coisas… e a partir disso montamos um plano de desenvolvimento para potencializar os pontos fortes e melhorar os fracos”, explica o empresário.
Esse processo nos leva, finalmente, até o Xadrez de Gente, que nada mais é que uma estratégia que as empresas podem usar para manter seus talentos e potencializar suas habilidades. O método não prevê apenas crescimentos verticais, ou seja, promoções, mas também mudanças de áreas e cargos de forma horizontal. “Se percebemos que o gerente de logística pode atuar melhor como gerente de vendas e trazer ainda mais resultados, ele é realocado de área”, exemplifica.
O sistema implica que você como líder olhe para sua empresa e seus funcionários e dentro do potencial de cada um adapte as habilidades compatíveis com as áreas disponíveis. “Se o funcionário tem o perfil de outra área, você o desafia a assumir novas responsabilidades, mesmo que não sejam da área de formação dele”, diz.
Bressane esclarece que o Xadrez de Gente é justamente essa movimentação interna na empresa, que é o tabuleiro, e os funcionários são as peças. “Você movimenta e arquiteta planos de desenvolvimento para atingir um objetivo: ganhar o jogo”.
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Com os resultados do gráfico citado acima (eixo x e eixo y) você coloca o funcionário na lista de alocação para outros cargos em outras áreas. “A avaliação do seu quadro de funcionários é essencial, até porque nem todo mundo está pronto ou maduro suficiente para mudar seu plano de carreira, enquanto em outros casos um engenheiro pode trabalho no RH. Tem que saber analisar caso a caso”, explica. Ele afirma ainda que não é uma obrigação fazer essa movimentação de funcionários, e em casos como áreas de finanças, tributária, jurídica, pode ser mais difícil realocar pessoas porque são áreas muito especificas.
O sistema é implementado na companhia, vira uma rotina e uma espécie de incentivo para o funcionário que quer progredir ou mudar de área, e consequentemente traz resultados.