“Enem dos concursos” terá lista de espera com 13 mil aprovados, diz ministério

Candidatos com nota insuficiente poderão ocupar cargos na segunda ou terceira opção escolhida e ainda permanecer em lista de espera para a primeira opção

Equipe InfoMoney

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos vai formar um banco com cerca de 13 mil candidatos aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). O grupo ficará na lista de espera para futuras convocações, segundo informou a pasta nesta quinta-feira (8).

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As provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) ocorrem daqui 10 dias, em 18 de agosto, após três meses de adiamento devido às chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul entre os meses de abril e maio.

“Será formado um Banco de Candidatos para cada um dos oito blocos temáticos, com o dobro do número de vagas imediatas do bloco. No Bloco 7, por exemplo, serão convocados 1.748 aprovados para as vagas imediatas e outros 3.496 ficarão classificados no Banco. No total, serão mais de 13 mil classificados em todo o Banco de Candidatos”, explica a pasta.

Serão considerados classificados os candidatos que, após a soma das notas nas provas objetivas, discursivas e nas provas de títulos, estiverem classificados até o limite de duas vezes o número de vagas imediatas do bloco temático, com notas mais altas conforme o cargo e especialidade. De acordo com o edital, serão levados em consideração os cargos e as especialidades com suas ordens de ranqueamento escolhidos na inscrição, além da reserva de vagas para negros, indígenas e pessoas com deficiência.

Como vai funcionar a reserva?

Quem inicialmente não tiver nota suficiente para passar na primeira opção de cargo, sinalizada no momento da inscrição, poderá atingir a nota mínima para entrar no seu segundo cargo prioritário, mas ainda segue no banco de candidatos para a primeira opção e tem chance de ser chamado posteriormente (ainda que assuma o cargo que foi sua segunda opção).

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Segundo o assessor do Gabinete da Secretaria de Gestão de Pessoas do ministério e membro do Grupo Técnico Operacional do CPNU, Pedro Assumpção Alves, após a prova, as pessoas terão notas e posições diferentes para cada cargo ranqueado dentro do bloco temático escolhido na inscrição, de acordo com o peso que cada eixo temático tem para os respectivos cargos.

“O Banco de Candidatos é a nossa forma de nomear a lista de espera do concurso unificado. Dependendo da sua nota, você poderá estar apto a ocupar a vaga que você indicou como preferencial ou as seguintes. Sua nota pode ser baixa para a vaga de preferência, mas pode ser suficiente para a segunda vaga”, disse Alves.

Quem for contratado para sua terceira vaga de preferência poderá manter-se no banco de candidatos para sua primeira e segunda vaga prioritária e ter chance de ser convocado para ocupar posições melhores que surjam futuramente, se atingir os pré-requisitos.

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“O candidato concorre a todas as vagas em que se inscreveu dentro do bloco. A classificação depende de ele atingir as notas mínimas de cada cargo e estar classificado dentro do quantitativo estipulado para o Banco, que é de duas vezes o número de vagas imediatas do bloco temático”, diz o assessor.

Novas convocações e vagas temporárias

As novas convocações para os cargos previstos neste concurso poderão ser feitas a cada seis meses ou conforme a necessidade e o fluxo de liberação e desocupação dos cargos. Também há a possibilidade das pessoas que estão no banco de candidatos em lista de espera serem chamadas a assumir vagas temporárias no serviço público federal. Caso o candidato assuma uma vaga temporária, ele seguirá no Banco de Candidatos, aguardando possíveis vagas efetivas, sem perder sua classificação.

“Optamos por 12 meses de validade para o CPNU, prorrogável por mais 12 meses, para garantir aos candidatos que iremos chamar com a maior brevidade possível e porque temos interesse em fazer uma nova edição do concurso unificado, em breve”, afirmou Alves.

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Modelo semelhante ao Enem

O CPNU não está sendo chamado de “Enem dos concursos” à toa. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos adotou um modelo de seleção semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio, em que os candidatos podem concorrer a diversos cargos e escolher a ordem de preferência, o que amplia as chances de aprovação dos mais de 2,1 milhões de inscritos para as 6.640 vagas em 21 órgãos da administração pública federal.