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SÃO PAULO – O Brasil está entre os 10 países com maior saída de milionários no último ano. Segundo o relatório Global Wealth Migration Review 2018, elaborado pela consultoria com apoio do AfrAsia Bank, cerca de 2 mil pessoas com mais de US$ 1 milhão deixaram o país em 2017. Os principais destinos? Portugal, Estados Unidos e Espanha.
De acordo com a pesquisa, que consultou o perfil de mais de 150 mil milionários ao redor do mundo, os principais motivos para a saída desses ricaços são: segurança (mulheres e crianças, principalmente), estilo de vida (clima, poluição, natureza), preocupações financeiras, oportunidades de educação para os filhos, oportunidades de negócios e trabalho, impostos, sistema de saúde, tensões religiosas e qualidade de vida.
No ranking das sete cidades com maior perda de milionários, São Paulo está entre elas. Também aparecem Istambul, Jacarta, Lagos, Londres, Moscou e Paris. Além do Brasil, outros 10 países estão na lista dos que mais perderam “emigrantes classe A” no período: Índia, Turquia, Reino Unido, França, Rússia, Indonésia, Arábia Saudita, Nigéria, Venezuela e China- o último no topo da lista com perda de 10 mil ricaços.
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Segundo o World Wealth Review, há cerca de 15,2 milhões de milionários no mundo, aproximadamente 584 mil multimilionários (com mais de US$ 10 milhões) e 2.252 bilionários com patrimônio superior a US$ 1 bilhão. Do total de milionários, 95 mil emigraram em 2017, contra 82 mil em 2016 e 64 mil em 2015.
Por que a saída dos milionários é um mau sinal?
Segundo o estudo, o motivo é simples: porque os milionários são os primeiros a deixarem o país quando acreditam que as coisas não estão “tão boas”. Eles têm o dinheiro para sair, ao contrário da classe média, por exemplo, que anseia, mas não necessariamente tem os recursos. “Se você olha os grandes colapsos de países na história, normalmente é seguido pela saída de milionários daquele país”, afirmam os especialistas da consultoria.
Relevância dos programas de visto
O relatório também destaca o aumento dos programas de visto para investidores, que geralmente exigem um investimento entre US$ 300 mil e US$ 3 milhões (no caso do EB-5 para os EUA o valor é de US$ 500 mil) em propriedades locais, títulos ou negócios. Nesses casos, o dinheiro é normalmente devolvido ao investidor após um período de 5 anos (alguns deles incluem ainda a cidadania no país, como o EB-5).
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Apesar de reforçarem o aumento desses “incentivos”, os especialistas afirmam que apenas 20% dos emigrantes milionários utilizam esses programas para mudarem de país. Prevalecem ainda as emigrações pela utilização de segundo passaporte, transferências de emprego, vistos de familiares ou demais cidadanias.
Tchau Brasil, olá Austrália
Enquanto no Brasil o cenário é de fuga, na Austrália o momento é o inverso. De acordo com o relatório, cerca de 10 mil milionários emigraram para o país em 2017, ranqueando a terra dos cangurus em primeiro lugar pelo terceiro ano seguido. No país, as cidades mais procuradas pelos novos habitantes são Sydney, Melbourne, Gold Coast, Sunshine Coast, Perth e Brisbane.
A preferência do território da Oceania em comparação com os Estados Unidos, por exemplo, deve-se, segundo o World Wealth Migration Review, à localização do país (melhor base para fazer negócio com os países emergentes asiáticos), segurança (a Austrália foi classificada a mais segura para as mulheres no mundo) e também aos problemas do sistema de saúde norte-americano.
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Ainda no ranking de países com maior entrada de milionários no último ano estão EUA, Canadá, Emirados Árabes Unidos, países do Caribe, Israel, Suíça, Nova Zelândia e Singapura.
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