Bilionário Richard Branson explica como a dislexia o ajudou no seu sucesso

O bilionário acrescentou que as habilidades associadas à dislexia seriam urgentemente necessárias no novo mundo do trabalho

Allan Gavioli

Richard Branson (Shutterstock)
Richard Branson (Shutterstock)

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SÃO PAULO – O bilionário Richard Branson, empresário britânico e fundador do grupo Virgin, diz que a dislexia é parcialmente responsável pelo seu sucesso e que as pessoas com essa condição provavelmente terão “as habilidades do futuro”.

Em um post publicado na última sexta-feira (4) no blog da Virgin, Branson disse que uma das habilidades que as pessoas com dislexia costumam ter é imaginação vívida e acima da média, observando que Thomas Edison, Henry Ford e Steve Jobs eram disléxicos. “Minha dislexia moldou a Virgin desde o início e a imaginação tem sido a chave para muitos de nossos sucessos”, disse ele.

“Isso me ajudou a pensar grande, mas manteve nossas mensagens simples. O mundo dos negócios geralmente fica preso em fatos e números – e, embora os detalhes e os dados sejam importantes, a capacidade de sonhar, conceituar e inovar é o que diferencia o bem-sucedido e o mal-sucedido”, concluiu o bilionário.

Branson acrescentou que as habilidades associadas à dislexia seriam urgentemente necessárias no novo mundo do trabalho, pois características como imaginação e criatividade dificilmente podem ser substituídas por máquinas.

“A resolução de problemas, a criatividade e a imaginação estarão em alta demanda com o aumento da IA ​​(inteligência artificial) e da automação. Devemos parar de tentar fazer com que todas as crianças pensem da mesma maneira”, acrescentou.

“Devemos apoiar e celebrar todos os tipos de neurodiversidade e incentivar a imaginação, a criatividade e a solução de problemas das crianças – as habilidades do futuro”, completa o bilionário.

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A noção de que as habilidades criativas se tornarão cada vez mais importantes é amplamente reconhecida. Em agosto, John Abel, vice-presidente de Inovação da Oracle, uma multinacional de tecnologia e informática, disse que os funcionários precisavam de habilidades criativas para protegê-los de serem substituídos por robôs.

Enquanto isso, John Fallon, CEO da Pearson, uma empresa britânica de educação, disse à CNBC que os recursos mais difíceis de se automatizarem eram “habilidades exclusivamente humanas”, como criatividade, persuasão e empatia.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.