‘Bare Minimum Mondays’: criadora de conteúdo defende trabalhar o mínimo às segundas e viraliza

Marisa Jo Mayes afirma que as 'segundas-feiras mínimas' a ajudam a evitar o 'domingo assustador' e o medo e a pressão da voltar ao trabalho toda semana

Equipe InfoMoney

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Marisa Jo Mayes, criadora de conteúdo para o TikTok e que se autointitula fundadora de startups, viralizou nas redes sociais por defender o “Bare Minimum Mondays” no trabalho (fazer o mínimo às segundas-feiras, em tradução livre).

Em depoimento à revista americana “Business Insider”, Mayes afirmou que isso a ajuda a evitar o “domingo assustador” e o medo e a pressão que muitas pessoas sentem ao voltar ao trabalho”. “Isso mudou completamente minha vida e como eu abordo meu trabalho”.

A criadora de conteúdo diz que o “Bare Minimum Mondays” é “uma forma de começar a semana priorizando a si mesmo como pessoa, em detrimento de você como funcionário [de uma empresa]”. Ela diz também que tem consciência que a prática não é para todos e que já recebeu críticas e elogios.

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“Entendo que o Bare Minimum Monday não é realista para todos. Sou autônoma, trabalho em casa, não sou mãe””, diz Mayes. “A maioria dos comentários que recebi sobre o Bare Minimum Monday são ‘você está vivendo o meu sonho’ ou ‘que millennial que não sabe o valor do trabalho duro”.

Esgotamento

Ela conta que começou a praticar as “segundas-feiras mínimas” após sofrer um esgotamento (burnout). “Em 2020, trabalhei com vendas de dispositivos médicos. Eu estava completamente infeliz e exausta. Pensei que o problema era meu chefe ou a cultura de trabalho na ‘América corporativa’, então larguei meu emprego e dei uma chance ao trabalho autônomo”.

“Logo percebi que o problema era maior do que isso. Eu tinha um problema de ‘cultura apressada’, um problema de perfeccionismo. Eu ainda estava abordando o trabalho da mesma maneira que no meu trabalho corporativo. Era como um ciclo de estresse e esgotamento. Eu me sentia mal porque estava tão exausta que não conseguia fazer nada”, conta Mayes à Business Insider.

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A criadora de conteúdo afirma que “fazia uma lista de tarefas insanamente longa para as segundas-feiras, na esperança de me sentir bem comigo mesmo e com o quanto estava sendo feito”, mas começou a sofrer com os “domingos assustadores”, pois sabia a lista de afazeres que a esperava no dia seguinte.

“A pressão que eu estava colocando sobre mim mesma era paralisante e percebi que algo tinha que mudar. Um dia, em março passado, me dei permissão para fazer o mínimo absoluto para o trabalho — e foi como se um feitiço mágico caísse sobre mim”, afirma Mayes . “Não fiquei sobrecarregada e, na verdade, fiz mais do que esperava. Passei a fazer ‘Bare Minimum Monday’ todas as semanas desde então.

Gerenciar expectativas

Ela diz que o “segredo” foi gerenciar as expectativas e aprender a “cortar tarefas”.Em uma ‘segunda-feira mínima’, não faço reuniões e vou devagar nas primeiras duas horas. Vou fazer algumas leituras, algum diário, talvez algumas coisas em casa. São duas horas sem tecnologia — sem checar e-mail —, apenas fazendo o que preciso para me sentir bem começando o dia”.

A criadora de conteúdo admite que seu dia de trabalho às segundas é menor, mas diz que, “como é um trabalho realmente focado, faço a mesma quantidade que meus antigos dias de trabalho de 8 horas”. Sobre as críticas que recebeu, Mayes diz que as compreende. “Em algum ponto da minha carreira corporativa eu provavelmente teria ‘revirado os olhos’ também. Mas, depois de experimentar o esgotamento, eu entendi”.

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