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(Bloomberg) — Nesta era de trabalho remoto sem previsão para terminar, o setor financeiro toma medidas sem precedentes para vigiar banqueiros e prevenir transgressões.
Traders de bancos como Barclays devem certificar que trabalham em cômodos separados de pessoas que moram na casa. Banqueiros do Morgan Stanley usam laptops onde cada tecla é gravada. Bancos como NatWest Group exigem atualizações diárias de localização dos operadores e gravam chamadas de vídeo.
Com novos lockdowns em toda a Europa neste fim de semana, com londrinos sendo proibidos de se encontrar com outras famílias em ambientes fechados e parisienses sob toque de recolher, esse monitoramento remoto parece ter chegado por um longo tempo.
A pandemia já obrigou autoridades de compliance de bancos e tradings a navegarem por uma curva de aprendizado íngreme desde março, quando montaram uma colcha de retalhos de medidas para as primeiras paralisações impostas pelo governo.
Os reguladores, que no início tiveram que relaxar algumas regras de monitoramento para permitir que os operadores trabalhassem em casa, agora esperam que as mesas da cozinha sejam monitoradas de perto como os pregões.
“Daqui para frente, os regimes de escritório e trabalho em casa devem ser equivalentes”, disse Julia Hoggett, diretora de supervisão de mercado da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido, durante a conferência City & Financial Global esta semana. “Este não é um mercado para informações que desejamos que sejam arbitradas.”
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As apostas para os bancos são altas. Informações privilegiadas, manipulação e uso impróprio de contas são riscos elevados quando traders estão sozinhos.
Depois de uma década tentando reconstruir a confiança perdida em escândalos no mercado, empresas precisam mostrar que não esqueceram as lições. Nos cinco anos até setembro de 2017, os bancos desembolsaram US$ 375 bilhões em multas de conduta, de acordo com relatório do painel da indústria FMSB.
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